As mortes de animais marinhos nos litorais de Alagoas continuam sendo um mistério para pesquisadores. Mais de 500 espécimes já foram encontradas mortas no estado. Porém, ainda há esperança. Alguns são encontrados com vida e lutam pela sobrevivência. Neste ano, em contraponto às mortandades, quatro animais conseguiram voltar ao meio ambiente após serem resgatados nas praias alagoanas.
As informações são do Instituto Biota de Conservação, responsável pelo resgate e reabilitação dos animais marinhos no estado, à reportagem do OP9. Quatro aves passaram por tratamento e foram soltas. Atualmente, cinco sobreviventes estão lutando para se recuperarem e voltarem à natureza, segundo a coordenadora de monitoramento e resgate do Biota, Bruna Teixeira.
“São três tartarugas e duas aves hoje em reabilitação. Este mês foram duas aves soltas e mês passado mais duas”. Ainda segundo ela, “os animais ficam em média de um a dois meses na reabilitação. As tartarugas têm um tempo mais longo de reabilitação, por causa da fisiologia e por terem um tempo de tratamento diferenciado”, ressaltou.
De acordo com ela, os espécimes são resgatados e levados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), situado na cidade Coruripe, Litoral Sul de Alagoas. “Os trabalhos começaram em maio deste ano. Antes disso, os animais marinhos ficavam sob cuidados do Ibama. E como eles estão sediados longe do mar, nem sempre conseguiam atender a demanda”, explicou.
À reportagem do OP9, a coordenadora veterinária e diretora executiva do Biota, Luciana Medeiros, disse que os animais são resgatados desnutridos e debilitados. Por isso, passam por uma bateria de exames ao chegar na reabilitação.
“Os animais têm encalhado bastante debilitados, desidratados e muitos desnutridos. No caso das aves, são em sua maioria juvenis de 1° migração. Ao dar entrada na reabilitação, realizamos o exame clínico e coletas para exames complementares para nos auxiliar no diagnóstico. Depois realizamos a estabilização dos animais e após os resultados dos exames fazemos tratamentos específicos para cada caso”, explicou.
Em relação à soltura deles, a especialista conta que eles passam também por uma sequência de exames para confirmar se estão livres de doenças e aptos para sobreviver em vida livre. Quanto aos animais que estão hoje na reabilitação, ela afirma que eles estão reagindo bem ao tratamento.
“Uma dessas tartarugas está evoluindo bem e esperamos em breve devolver esse animal à natureza. Mas ainda não temos previsão da data da soltura. Estamos conduzindo um tratamento e nas próximas semanas vamos refazer os exames para tomar devidas providências”, ressaltou.
OP9








