Na última semana, os alagoanos começaram a pagar mais caro para abastecer seus veículos. O que muitos não sabem é que desde junho deste ano, a qualidade e procedência do combustível não é fiscalizada. É que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) cancelou o contrato com as empresas que realizavam esse serviço em todo Nordeste.
Esses prestadores de serviço, em sua maioria laboratórios de universidades públicas, tinha como objetivo averiguar a qualidade da gasolina, etanol e diesel, e identificar adulterações. O mapeamento de unidades sob suspeita era encaminhado à ANP, que podia autuar os postos. Confirmadas as fraudes, eles poderiam ser fechados e os dirigentes, presos.
Conversando com alguns motoristas da capital, a sensação é de está sendo prejudicado. “Afinal é obrigação dos órgãos fiscalizadores zelar pela qualidade do combustível que adquirimos para nossos veículos. Considero um absurdo este frequente aumento e penso que o mínimo que podemos desejar é que a integridade do produto esteja garantida”, colocou a jornalista Anyelle Cavalcante.
O cirurgião dentista, Antonio Neto, circula com seu veículo em Maceió e no interior do estado e lembrou que o combustível adulterado também prejudica o orçamento:”Percebo a necessidade de abastecer com um combustível de boa qualidade, pois melhora o desempenho e diminui o consumo. Ele sendo de baixa qualidade, misturado, adulterado, aumentam os gastos mensais pois prejudica o desempenho do carro”.
Outros motorista percebem que tal atitude aumenta outro tipo de irregularidade. “Quando abastemos em dinheiro, não recebemos cupom fiscal. E sabemos que às vezes, isso é sinal de sonegação de impostos”, expôs do gerente de tecnologia da informação, Wanderson Rossi.
A lei garante o monitoramento em todo país, mas apenas postos de Minas, São Paulo, Goiás, Tocantins e Rio Grande do Sul permaneceram com os serviços até setembro.
Por Marcos Filipe Sousa