Produções ilegais de carvão vegetal estão na mira das autoridades ambientais de Alagoas. O Jornal Hoje de segunda-feira, 12, mostrou que a queima de madeira é uma atividade comum no interior estado.
Árvores como angico, catingueira e aroeira não escapam das machadadas. A lenha que arde nos fornos vira carvão. O desmatamento em uma fazenda da região só foi barrado após uma denúncia anônima, que levou fiscais do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas à fazenda do presidente da Câmara de Vereadores de Piranhas, no sertão do estado.
Três fornos foram destruídos e o vereador multado em R$ 25 mil pelo desmatamento de uma área de caatinga preservada, de 70 mil metros quadrados. O vereador se defende: diz que o carvão não é dele e que não sabia do corte das árvores.
“Alugo para o pessoal criar gado, colocar roça, e o cidadão alugou e fez esse pequeno desmatamento. Não tinha conhecimento”, defendeu-se o vereador Agilson Ferreira Bastos.
A equipe do Jornal Hoje ainda identificou oito carvoarias em dez quilômetros. O saco com 20 quilos de carvão é vendido por R$ 9 para atravessadores, pessoas que revendem em cidades vizinhas pelo triplo do preço.
De acordo com o Ibama, para que uma carvoaria funcione de forma legal, é necessário comprovar a origem da madeira, que não pode ser nativa da região. e é preciso ter um registro da área de extração e da carvoaria. O carvão legalizado tem o número de certificação ambiental, impresso na embalagem do produto.
Com Jornal Hoje