Na semana em que o ídolo de diversas gerações, Renato Russo, completaria 58 anos, uma notícia caiu feito uma bomba na família do cantor. O filho do vocalista do “Legião Urbana” e único dono de seu espólio, Giuliano Manfredini, pretende leiloar todos os objetos que pertenceram a seu pai no próximo sábado (07), em prol ao Retiro dos Artistas, no Rio.
Em carta aberta intitulada “Desalento”, enviada em primeira-mão para esta coluna do NaTelinha, Carmem Teresa Manfredini, irmã de Renato Russo, relata a angústia da família com a notícia do leilão: “a tristeza é muito grande porque esses objetos, ou seja, todo o seu acervo cultural e artístico, foi guardado com muito esmero e carinho pelo seu pai, Renato Manfredini, minha mãe e por mim desde a sua morte em 1996. Cuidávamos de tudo, absolutamente tudo”.
Em outro trecho, Carmem demonstra insatisfação em trazer a público um assunto familiar, mas considera esta atitude como última opção para tentar salvar a memória do seu irmão. “Como pode Giuliano Manfredini, filho de Renato Russo, que deveria zelar por todo esse patrimônio, leiloar simplesmente tudo? Se desfazer do mesmo como não significasse nada?”, questiona, afirmando ainda que, com o leilão, todo o espólio de Renato Russo será “separado, espalhado e delapidado”.
Além disso, conta que desconhece os motivos que fizeram seu sobrinho cortar a relação com toda a família há dois anos, inclusive com a avó, que o criou como filho e ele a chamava de mãe. “Para se ter uma ideia, uma das atitudes de Giuliano Manfredini foi a de trocar as fechaduras do apartamento do meu irmão no Rio de Janeiro, para que eu e a minha mãe Carminha não tivéssemos mais acesso a nenhum pertence dele. Qual não foi a nossa surpresa, quando um dia fomos lá para passar a tarde (para lembrarmos dele e dos ótimos momentos em família), ver e tocar as suas roupas, cadernos… E não conseguimos abrir as portas! A confirmação veio por uma amiga da família. Minha mãe que é uma senhora de idade, ficou extremamente desolada já que não pôde ali ter em suas mãos os pertences do seu filho”, lamenta a irmã do líder do “Legião Urbana”, morto em 1996 em decorrência de complicações causadas pela Aids