Depois do que ocorreu no Sistema Penitenciário em Manaus, membros do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas (Sindapen) iniciaram esta semana uma fiscalização nas unidades prisionais do Estado, com objetivo de medir os riscos que correm e de alertar a categoria acerca de situações vulneráveis que devem evitar, entre elas, a escolta com baixo efetivo.
“A gente vê a situação de Manaus com bastante preocupação. Com certeza, o conflito entre as facções dentro das unidades pode chegar até aqui”, afirmou o vice-presidente do Sindapen, Petrônio Lima. Ele ainda disse que desde meados do ano passado, a pedido dos próprios presos, o Estado separa os detentos de acordo com a facção criminosa. No Presídio do Agreste, por exemplo, conforme estimativa do Sindapen, existem, atualmente, cerca de 900 presos, dos quais em torno de 500 fazem parte de algum grupo rival.
“No Presídio do Agreste, dois módulos são para os integrantes do Comando Vermelho e três, para os integrantes do PCC [Primeiro Comando da Capital]”, detalhou Petrônio Lima, dizendo que cada módulo abriga cem presos.
O quantitativo de servidores, o cumprimento da recomendação de separar as facções criminosas e a superlotação dos presídios são algumas informações conferidas pelos sindicalistas que temem pela própria segurança dentro do sistema prisional.
Redação com Jornal Gazeta de Alagoas