O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, preso temporariamente nesta quinta-feira (22) na nova fase da Operação Lava Jato, chegou às 9h30 à sede da Polícia Federal em São Paulo. Malotes resultantes da busca e apreensão na residência e escritório do ex-ministro também foram trazidos. Mantega será levado ainda nesta quinta-feira para a sede da Polícia Federal em Curitiba.
Em entrevista coletiva na capital paranaense, berço da Lava Jato, o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima afirmou que o MPF chegou a pedir a prisão preventiva – sem prazo determinado – de Guido Mantega à Justiça.
“Foi pedida a prisão preventiva por questões de garantia da ordem pública e porque as condutas criminosas desse grupo foram reiteradas, mas o juízo deferiu apenas a temporária. A prisão é necessária para não haver problemas na colheita e análise de provas”, disse o procurador.
A Polícia Federal esteve às 6h no apartamento onde mora o ex-ministro, mas encontrou apenas o seu filho adolescente e uma empregada no local. Os policiais foram, então, ao Hospital Albert Einstein, onde Mantega acompanhava a esposa, que está internada.
Em nota, a polícia informou que fez contato telefônico com o investigado, “que se apresentou espontaneamente na portaria do edifício”. Segundo a PF, Mantega, seu advogado e a equipe de policiais foram até o apartamento do ex-ministro, na região de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo.
“Tanto no local da busca como no hospital todo o procedimento foi realizado de forma discreta, sem qualquer ocorrência e com integral colaboração do investigado”, diz a nota da PF.
Agência Brasil