OHospital Regional Santa Rita, em Palmeira dos Índios, atravessa uma das fases mais críticas de sua história. A unidade, que atende milhares de pessoas da região do Agreste alagoano, enfrenta atrasos significativos de repasses, problemas estruturais, superlotação e denúncias de má administração, gerando preocupação na população e nos profissionais de saúde.
De acordo com a deputada Ângela Garrote, os atrasos nos repasses financeiros comprometem diretamente o funcionamento do hospital:
“Desde 2023, há atrasos de mais de R$?5 milhões em repasses, incluindo R$?2,5 milhões na maternidade, o que compromete procedimentos, cirurgias e atendimento. É inaceitável que a população sofra com essa falta de atenção e planejamento.”
Além das dificuldades financeiras e estruturais, a condução administrativa passou a sofrer forte influência do filho do provedor, o que tem gerado grande preocupação entre funcionários e pacientes. Fontes internas relatam que a presença dele interfere nas decisões da gestão, provocando desconfiança e insegurança sobre o futuro do hospital.
Mesmo com iniciativas pontuais como a reforma da Emergência 24h, a implementação de telemedicina em cardiologia, a inauguração de um novo ambulatório de especialidades e mutirões cirúrgicos como o “Viva a Vida” — que realizou mais de 300 cirurgias de catarata — os problemas estruturais persistem. As filas e a superlotação continuam sendo desafios constantes.
O Hospital Santa Rita é referência na região e atende diretamente a população de Palmeira dos Índios e municípios vizinhos, tornando a situação ainda mais preocupante. A comunidade local clama por transparência, gestão eficiente e comprometimento real com a saúde pública, enquanto serviços essenciais permanecem vulneráveis.
Investimentos recentes e desafios
A administração municipal e estadual têm investido em infraestrutura, incluindo um centro cirúrgico moderno financiado por emenda de R$?1 milhão, além de ampliar serviços via ambulatório virtual e mutirões de especialidades. No entanto, especialistas e profissionais afirmam que essas ações não resolvem a preocupação com a influência indevida na gestão, que continua a gerar tensão entre a equipe e a população.
Enquanto isso, a população segue atenta às movimentações da administração, esperando medidas consistentes que permitam ao hospital retomar sua função de referência, garantindo segurança, qualidade e eficiência no atendimento à saúde.
Fonte: tvalagoas.com