O deputado federal Maurício Marcon (Podemos-RS) afirmou que a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os atos de 8 de janeiro de 2023 representa um “xeque-mate” para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ele, a comissão, formada por deputados e senadores, tem autoridade para convocar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e outras autoridades, com o objetivo de esclarecer os acontecimentos daquele dia e apurar responsabilidades.
Confira detalhes no vídeo:
Marcon destacou que a CPMI pode gerar repercussões internacionais para o Brasil, caso sejam identificadas omissões ou irregularidades do governo federal. Ele também criticou a postura do Executivo nas relações internacionais, afirmando que o presidente Lula age de maneira autoritária, em vez de buscar uma atuação mais pragmática e cooperativa no cenário global.
O parlamentar apontou um distanciamento crescente entre Legislativo e Executivo, sugerindo que, se o governo não ajustar sua postura, o impeachment poderia se tornar uma possibilidade concreta. Ele também criticou a gestão econômica, citando aumento de preços e ausência de medidas eficazes para conter a inflação, e defendeu que a oposição se una para apresentar alternativas viáveis que contribuam para a recuperação do país.
Além disso, Marcon questionou a atuação de parlamentares de esquerda, argumentando que muitos estariam mais preocupados em agradar ao governo do que em representar a população. Para ele, é necessário implementar um “choque de gestão” que permita reverter o cenário atual e promover mudanças significativas nas políticas públicas.
O deputado também se posicionou contra qualquer anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, afirmando que não há normalidade democrática enquanto existirem presos políticos. Ele destacou que a anistia é uma das prioridades da oposição para os trabalhos legislativos de 2025.
Em relação aos Correios, Marcon criticou a falta de comprometimento financeiro do governo e a sobrecarga dos trabalhadores, defendendo um plano de recuperação capaz de garantir a continuidade dos serviços essenciais. Ele também questionou a atuação da primeira-dama Janja, sugerindo que suas ações ultrapassam os limites de sua função e causam constrangimentos ao governo, inclusive entre aliados da esquerda.
Por fim, Maurício Marcon reforçou a importância de fortalecer a oposição e apresentar propostas concretas para o país, defendendo um movimento de renovação política capaz de enfrentar os desafios atuais e oferecer soluções eficazes à sociedade. Ele enfatizou que a CPMI e outras iniciativas legislativas são ferramentas importantes para equilibrar o poder e responsabilizar o governo federal por suas ações.
Fonte: polinvestimento.com