As decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, continuam sendo amplamente comentadas pela imprensa fora do Brasil, especialmente após a concessão da prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Veículos de comunicação na Europa, Estados Unidos e outros países têm acompanhado de perto os desdobramentos e suas repercussões políticas.
Nos Estados Unidos, a reação tem sido crítica em relação às medidas tomadas por Moraes. Grandes canais como CNN e a BBC News, do Reino Unido, destacam a condenação americana à decisão judicial. Até mesmo veículos australianos e egípcios repercutem o caso, evidenciando o impacto da prisão domiciliar no cenário político brasileiro.
Na França, o jornal Le Monde, conhecido por sua linha centro-esquerda, apontou que a medida judicial ocorreu logo após manifestações expressivas em São Paulo e Rio de Janeiro, quando milhares de apoiadores de Bolsonaro foram às ruas protestar. O Financial Times, do Reino Unido, foi além e descreveu Bolsonaro como o “Trump dos Trópicos”, ressaltando que a recente ação judicial deve intensificar as tensões entre Brasil e Estados Unidos, as duas maiores democracias do continente americano.
O jornal americano Wall Street Journal deu destaque a declarações do deputado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, que criticou duramente o ministro Moraes, classificando-o como desequilibrado. Essa repercussão demonstra o nível de polarização que o caso atingiu, ampliando o debate para além das fronteiras nacionais.
Além das decisões judiciais, a imprensa internacional tem prestado atenção às manifestações realizadas em várias cidades brasileiras. Embora o tamanho das mobilizações tenha sido diverso, o que chamou a atenção foi a mensagem transmitida pelos manifestantes, que muitas vezes usaram cartazes em inglês para alcançar a comunidade internacional, sinalizando um pedido de socorro que não passou despercebido.
Em Portugal, os efeitos da crise política brasileira também são sentidos. O líder do partido de direita Chega, André Ventura, anunciou a intenção de apresentar ao Parlamento português um pedido para barrar a entrada de autoridades brasileiras sancionadas pela Lei Magnitsky, norma americana que pune quem comete violações dos direitos humanos. Moraes está entre os nomes incluídos nessa legislação.
Há ainda a possibilidade de que outros países europeus, como Polônia, Hungria e Itália, adotem medidas semelhantes, ampliando o impacto internacional do episódio.
A ampla cobertura global demonstra que os acontecimentos no Brasil, especialmente ligados a Alexandre de Moraes e à prisão domiciliar de Bolsonaro, têm gerado inquietação em diferentes governos e na opinião pública pelo mundo. A situação ressalta a complexidade política do país e a atenção que a comunidade internacional dedica à defesa da democracia e dos direitos humanos brasileiros.
Fonte: pensandodireita.com