A denúncia do Wall Street Journal sobre o caso Filipe Martins expõe um episódio grave de manipulação institucional. Segundo o jornal, a base para manter o ex-assessor de Bolsonaro preso por quase cinco meses foi um registro falso de entrada nos EUA, dado posteriormente desmentido pelas próprias autoridades americanas. Ainda assim, o STF — em especial o ministro Alexandre de Moraes — usou esse dado como pilar para justificar uma detenção sem flagrante, sem julgamento e sem crime tipificado.
O que era para ser um instrumento de justiça virou ferramenta de guerra política. A pergunta que não cala é: quem inseriu o registro fraudulento no sistema norte-americano, e por quê? O silêncio institucional diante dessa manipulação é ensurdecedor. O caso de Filipe Martins revela como erros fabricados — ou convenientemente aproveitados — podem custar a liberdade de um cidadão. E se hoje foi ele, amanhã pode ser qualquer um.
Fonte: cesarwagner.com