“Não aguento mais a transfobia institucional”. É assim que Nefertiti de Oliveira Souza inicia um vídeo compartilhado em suas redes sociais na última quinta-feira (10). No vídeo, a jovem, uma mulher trans, relata ter sido vítima de transfobia por parte da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) no momento em que foi fazer a matrícula no curso de história, no Campus A.C. Simões, em Maceió.
A reportagem ntrou em contato com a Ufal, que disse ainda não ter conhecimento oficial sobre o caso. Disse ainda que respeita a decisão do uso do nome social, desde que seja feita a solicitação pelo aluno.
Segundo ela, o seu nome é retificado em todos os documentos, ou seja, seus documentos oficiais, como certidão de nascimento, já foram alterados para o seu nome social. Mas, ao emitir o comprovante de matrícula, constava o nome antigo.
“Mesmo com todos os documentos retificados, mesmo com anos de luta, de resistência, de afirmação da sua identidade, a universidade insiste em registrar sua matrícula com o nome morto. Um erro que não é apenas técnico: é violência, é negligência, é desumanidade travestida de burocracia”, compartilhou Nefertiti nas redes sociais.
A jovem, que já cursou letras e agroecologia, também é organizadora de um espaço para mulheres trans e travestis da cena ballroom de Alagoas, um movimento de política e entretenimento para fortalecer a diversidade de sexualidade, gênero e raça.
Fonte: G1