Pela internet, estudantes trocam experiências sobre cursos superiores a distância, pedem e dão indicações das melhores instituições e cursos. Um estudo divulgado pelo Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp) mostra que a internet tem sido um meio pelo qual os estudantes conversam e também discutem o método de ensino utilizado pelas instituições. Por meio de vídeos, blogs e sites especializados formam-se comunidades específicas de educação a distância (EaD).
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), a educação a distância vem registrando crescimento de 18% ao ano em número de matrículas. O último Censo da Educação Superior, de 2014, mostra das 1,2 milhão de matrículas na modalidade à distância, o equivalente a 90% dos cursos de EaD são em instituições privadas.
O estudo, feito a partir de comentários e publicações na internet feito pela Semesp em parceria com a Folks Netnográfico, analisou a conversa de mais de 500 pessoas em 79 sites de pesquisa, entre blogs, fanpages, fóruns de discussão e canais do YouTube. Além disso, foram feitas cinco entrevistas por telefone com alunas e ex-alunas de EaD que estão compartilhando suas experiências por meio de vídeos na web.
O estudo analisou as experiências trocadas na rede e concluiu que os cursos a distância são necessários pois conseguem chegar a um público que não teria como estudar de outra maneira, seja pela falta de tempo, seja porque não há instituições de ensino superior na região onde moram. No entanto, alguns cursos ainda precisam se aprimorar. A oferta de cursos de má qualidade aumenta o preconceito dos estudantes em relação à modalidade.