Em entrevista exclusiva ao Jornal Jovem Pan, a mestre em direito penal Jacqueline Valles analisou as possíveis pautas prioritárias do Judiciário para o ano de 2025. A especialista apontou que, diante da necessidade de destravar o sistema judiciário, os processos mais antigos, questões de direito penal e ambientais devem dominar as agendas dos tribunais, com o objetivo de resolver pendências acumuladas e promover um avanço no andamento de processos essenciais para a sociedade.
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De acordo com Jacqueline Valles, um dos grandes desafios para o Judiciário no próximo ano será o volume de processos acumulados ao longo dos últimos anos, especialmente aqueles que envolvem questões criminais e ambientais.
O direito penal, que abrange crimes diversos, desde delitos menores até casos mais graves, também será uma área de foco, especialmente no que se refere a processos que envolvem crimes econômicos e corrupção. Jacqueline Valles frisou que os tribunais têm se deparado com uma série de processos envolvendo figuras públicas e crimes de colarinho branco, o que demanda uma atenção especial. “O direito penal será uma pauta importante para o Judiciário em 2025, principalmente no que diz respeito a processos de corrupção e crimes econômicos. Existem muitos casos complexos que ainda não foram resolvidos e precisam de atenção para que a justiça seja feita”, afirmou.
Além do direito penal, outro ponto crucial que deve ser destacado, segundo a especialista, são as questões ambientais. Com o aumento das preocupações globais sobre mudanças climáticas e os impactos ambientais, os tribunais devem se concentrar em processos envolvendo crimes ambientais e o cumprimento de normas ambientais mais rígidas. A crescente conscientização sobre a preservação do meio ambiente tem gerado uma pressão para que os tribunais se posicionem de forma mais rápida e eficaz diante de questões como desmatamento ilegal, poluição e outros danos ambientais. “As pautas ambientais têm se tornado cada vez mais urgentes. O Judiciário precisará lidar com casos que envolvem grandes danos ao meio ambiente e garantir que as legislações ambientais sejam cumpridas”, explicou Jacqueline.
A especialista também destacou a importância da modernização do sistema judiciário para tornar o processo mais ágil e transparente. A implementação de novas tecnologias e a utilização de plataformas digitais podem ser ferramentas essenciais para ajudar a reduzir a morosidade do sistema e tornar os processos mais acessíveis à população. “O Judiciário precisa se modernizar, não apenas no aspecto tecnológico, mas também no que diz respeito ao atendimento ao público e ao processo decisório, para que as decisões sejam mais rápidas e eficazes”, afirmou.
Fonte: pensandodireita.