A Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), popularmente conhecida como Parada Gay, será realizada neste domingo (29) na capital paulista – no ano passado, mais de 2 milhões de pessoas participaram da festa. Serão 17 trios elétricos, mais de 30 DJs e artistas. O desfile está marcado para ter início ao meio dia e o show de encerramento acontecerá no Vale do Anhangabaú, por volta das 18h.
O mote deste ano é “Lei de Identidade de Gênero Já! Todas as pessoas juntas contra a transfobia”, ecoando reivindicações de pessoas travestis e transgênero (que não identificam seu gênero como correspondente a seu sexo biológico) que pediam maior visibilidade para seus pleitos durante a festa. “Hoje, para se ter uma mudança no nome, é preciso entrar com um processo na justiça, passar por uma perícia médica e passar pelo crivo de um juiz, que pode ser uma pessoa preparada ou pode ser uma pessoa imbuída de preconceito. Com a lei, a pessoa só precisaria ir ao cartório fazer o pedido. Algo muito mais lógico e que facilita a vida de todo mundo”, disse à prefeitura o presidente da Associação da Parada do Orgulho LBGT de São Paulo, Fernando Quaresma.
A parada de São Paulo é realizada desde 1997 e há 10 anos, desde 2006, é considerada o maior evento do tipo em todo o mundo. Na semana passada, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, incluiu a Parada do Orgulho LGBT no calendário oficial de São Paulo. “Nós chegamos a estimular algumas pessoas a fazer isso por lei, mas como ninguém tomou a iniciativa, decidi baixar um decreto porque, afinal de contas, é o mínimo que se pode fazer depois de 20 anos” disse Haddad àFolha de S. Paulo. A prefeitura calcula, para a edição deste ano, um gasto de R$ 1,4 milhão com o evento.
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