A lotação dos cargos já consta nos editais do concurso, divulgados no dia 10 de janeiro. Há oportunidades para atuação em Brasília, no Distrito Federal, assim como para todas as 26 capitais dos estados brasileiros e cidades do interior.
“Alguns órgãos têm servidores espalhados por todo país, como o Incra, o Ministério da Agricultura, o IBGE e a Funai”, elencou a secretária.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com 895 vagas, é o órgão mais capilarizado.
Estão previstas vagas para todas as capitais brasileiras, com o local de exercício para os cargos de analista de planejamento, gestão e infraestrutura em informações geográficas (275 vagas) e estatísticas e de tecnologista em informações geográficas e estatísticas (312 vagas).
As outras 300 vagas previstas para técnico em informações geográficas e estatísticas do IBGE contemplam dezenas de cidades brasileiras, espalhadas por todas as cinco macrorregiões, incluindo cidades bem distantes da capital e mesmo municípios na faixa de fronteira.
O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), com 742 oportunidades, é outro órgão presente em todas as capitais do Brasil, além de Santarém e Marabá, ambas no interior do Pará.
Todas as capitais são locais de exercício para as vagas abertas para analista administrativo (137 vagas), analista em reforma e desenvolvimento agrário (446 vagas) e engenheiro agrônomo (159 vagas).
Há diversos outros órgãos com vagas para exercício em âmbito nacional, como o Mistério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), e a Advocacia-Geral da União (AGU).
O concurso também traz 900 vagas para auditor-fiscal do trabalho (AFT), que tem como local de exercício dezenas de cidades espalhadas por todo o país.
Acesse a lista completa de locais de exercício, organizada por órgão e carreira.
Como funcionará a lotação do aprovado no CPNU?
No caso de cargos em que há mais de um possível polo de trabalho, a definição ocorrerá no momento da convocação para posse. Isso conforme a necessidade do órgão e o interesse do candidato.
A secretária Regina Camargos orientou que as pessoas leiam os editais com detalhe na questão da lotação.
“Veja para onde o órgão que está prestando o concurso vai te direcionar. É o caso dos auditores-fiscais do trabalho que atuam em todo o território nacional”, disse.
Também em entrevista à Folha Dirigida por Qconcursos, o coordenador de Recursos Humanos do IBGE, Bruno Malheiros, disse que a proposta é que os aprovados escolham sua lotação conforme a ordem de classificação.
Isso significa que, pelo menos no caso do IBGE, quem estiver em primeiro lugar terá prioridade na escolha.
“A ideia é tentar atender o interesse do IBGE em lotar essas pessoas nas áreas que a gente tem necessidade, mas também atender ao interesse do candidato de acordo, claro, com a sua colocação no concurso, para que ele vá para a localidade que ele tenha maior interesse”, detalhou o coordenador.
No caso das 300 vagas para cargos de nível médio, a lotação será direcionada para as agências que compõem a rede de coleta do IBGE.
“São as nossas agências que compõem a nossa rede de coleta e a grande maioria desses futuros servidores que vão entrar nas vagas de nível médio serão os responsáveis por essas agências. São eles que estarão lá na ponta, fazendo com que a gente capte da melhor forma possível os dados e informações estatísticas e geocientíficas para que elas possam ser trabalhadas, disse Bruno Malheiros.
Concurso Unificado já alcança 1,7 milhão de inscritos
As inscrições ficam abertas somente até sexta-feira, 9 de fevereiro. O processo é feito pela página do Concurso Público Nacional Unificado.
Para acessar, é preciso usar a conta GOV.BR, em qualquer nível (ouro, prata e bronze). A taxa de inscrição é de R$60, para cargos de nível médio, e de R$90, para cargos de nível superior.
Na quarta, 7, o concurso chegou à marca de 1,7 milhão de inscritos.
Com isso, de acordo com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), o concurso já é o maior da história em número de inscrições, superando o do Banco do Brasil, aberto em 2021 e com 1,6 milhão de candidatos.
O MGI, responsável pela organização do Concurso Unificado, não deixou claro se o número divulgado já é o de inscrições confirmadas, ou seja, com o pagamento da taxa de inscrição ou isenção aceita. Ou se o quantitativo é referente aos preenchimentos de formulários sem a quitação da taxa.
Vagas do concurso estão agrupadas em blocos temáticos
O Concurso Unificado disponibiliza o total de 6.640 vagas para diferentes cargos de 21 órgãos do Poder Executivo Federal.
Essas oportunidades estão agrupadas por 8 blocos temáticos, que representam as áreas de políticas públicas brasileiras.
Confira a divisão das vagas por bloco:
- Bloco 1 – Infraestrutura, Exatas e Engenharias – 727 vagas;
- Bloco 2 – Tecnologia, Dados, e Informação – 597 vagas;
- Bloco 3 – Ambiental, Agrário e Biológicas – 530 vagas;
- Bloco 4 – Trabalho e Saúde do Servidor – 971 vagas;
- Bloco 5- Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos – 1.016 vagas;
- Bloco 6 – Setores Econômicos e Regulação – 359 vagas;
- Bloco 7 – Gestão Governamental e Administração Pública – 1.748 vagas; e
- Bloco 8 – Nível Intermediário – 692 vagas.
Só será possível se candidatar para um dos blocos temáticos. Veja a relação completa de cargos por bloco aqui!
Dentro do mesmo bloco, é permitido se inscrever a mais de um cargo, desde que tenha os requisitos necessários.
Resumo do Concurso Público Nacional Unificado
- Instituto: mais de 20 órgãos do Executivo Federal
- Situação atual: editais publicados
- Banca: Fundação Cesgranrio
- Cargos: diversos
- Escolaridade: níveis médio e superior
- Vagas: 6.640
- Remuneração: até R$23.579,71
- Inscrições: 19 de janeiro a 9 de fevereiro de 2024
- Data da prova objetiva: 5 de maio
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Candidatos devem fazer um ranking de preferência
Com a chance de concorrer a vários cargos no mesmo bloco temático, no momento da inscrição o candidato deve elencar os cargos por prioridade. É o chamado ranking de preferência, que funciona da seguinte forma:
- escolher o bloco temático;
- escolher os cargos;
- ordenar preferência entre os cargos; e
- ordenar preferência das especialidades.
A pontuação do participante nas provas será considerada para todos os cargos incluídos no ranking de preferência. Desta forma, concorre-se simultaneamente a todas as oportunidades listadas.
Em entrevista à Folha Dirigida por Qconcursos, a secretária adjunta de Gestão de Pessoas do MGI, Regina Camargos, falou sobre o processo.
Ela sinalizou que a dinâmica será bem próxima a do Sistema de Seleção Unificado (SISU), em que o candidato usa nota no Enem para concorrer a vagas em diferentes universidades.
“Vamos pegar a nota final do candidato e dizer que está apto para ocupar o cargo X, Y e Z. E aí ele vai escolher. De acordo com a pontuação, o cargo vai ser apontado para o candidato. Quanto maior a nota que a pessoa tiver, mais chances ela terá de ocupar o cargo de sua preferência”, detalhou.
Caso o candidato não tenha pontuação, de imediato, para assumir o cargo que colocou na primeira posição, ele seguirá na lista de espera.
Quem for convocado para a segunda ou terceira opção também continuará na lista de espera dos cargos que listar com maior prioridade.
Veja detalhes sobre as provas do Concurso Unificado
O Concurso Público Nacional Unificado será composto pelas seguintes fases:
- 1ª fase: provas objetivas e discursivas;
- 2ª fase: perícia médica (avaliação biopsicossocial);
- 3ª fase: procedimento de verificação da condição declarada: reserva de vagas para pessoas negras; e
- 4ª fase: procedimento de verificação documental complementar: reserva de vagas a indígenas.
Haverá ainda avaliação de títulos para alguns cargos.
As provas objetivas e discursivas serão realizadas no dia 5 de maio, em 220 cidades espalhadas pelo país, divididas em dois turnos. Confira:
Turno da manhã (2h30 de prova)
- Para cargos de nível médio: provas objetivas (20 questões) + redação; e
- para cargos de nível superior: provas objetivas de Conhecimentos Gerais (20 questões) + prova discursiva Específica do bloco.
Turno da tarde (3h30 de prova)
- Para cargos de nível médio: provas objetivas (40 questões); e
- para cargos de nível superior: provas objetivas de Conhecimentos Específicos (50 questões).
Para os cargos de nível médio, do Bloco 8, as provas objetivas terão questões de Língua Portuguesa, Noções de Direito, Matemática e Realidade Brasileira. Nesse caso, a discursiva será uma redação.
Já para os cargos de nível superior, na parte objetiva, os concorrentes deverão responder a questões sobre Políticas Públicas e Conhecimentos Específicos, a depender do bloco temático escolhido. Na discursiva, será cobrada uma questão sobre Conhecimentos Específicos.
Fonte: folha.qconcursos