Por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal realizou uma nova operação nesta quinta-feira (8), com o objetivo de investigar e até prender mais pessoas associadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Quatro foram presos, incluindo o presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, flagrado em posse ilegal de arma de fogo.
Entre os alvos da operação estão o próprio Bolsonaro, cuja residência foi alvo de mandados de busca e apreensão, inclusive de seu passaporte, além dos ex-ministros Anderson Adauto (Justiça), Braga Netto (Casa Civil) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), bem como o presidente nacional do PL, o ex-deputado Valdemar Costa Neto.
Embora não estivesse entre os alvos de mandados de prisão preventiva, Valdemar foi detido por estar em posse de uma arma que seria de seu filho. Três dos alvos já foram presos: os ex-assessores de Bolsonaro, Filipe Martins e Marcelo Câmara, e o major do Exército Rafael Martins Oliveira, que atuava no batalhão de Forças Especiais. Outro alvo foi Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército que atualmente está nos Estados Unidos.
Segundo nota divulgada pela PF, a Operação Tempus Veritatis visa investigar uma suposta organização criminosa que teria atuado na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, visando obter vantagens políticas com a manutenção do então presidente da República no poder.
A operação incluiu o cumprimento de 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão. Tais medidas incluem a proibição de contato com outros investigados, a proibição de sair do país com entrega dos passaportes em 24 horas e a suspensão do exercício de funções públicas. As medidas judiciais foram cumpridas nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.
A PF afirma que, nesta fase, as investigações indicam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022, visando viabilizar e legitimar uma intervenção militar, através de uma dinâmica de milícia digital.








