Muita gente imaginava que o presidente do Senado, Renan Calheiros, pudesse de alguma maneira ajudar a presidente Dilma Rousseff a se safar do processo de impeachment, no qual ela já foi derrotada na Câmara dos deputados no último dia 17 por 367 votos. No entanto, segundo uma reportagem da Folha de São Paulo publicada nesta quinta-feira, 21, aliados do peemedebista alagoana dizem que até Calheiros vê que a derrota da líder petista é “questão de tempo”, disseram eles. Ainda assim, nesta terça-feira, 19, o Senador teve uma reunião com um grupo do Partido dos Trabalhadores (PT). No encontro, que teve direito a jantar, representantes da legenda conversaram sobre o rito do impeachment no Senado. Até mesmo representantes petistas teriam dito que não há chances para que Dilma vença o processo de impedimento na casa.
Entre os que estiveram no encontro com o presidente do Senado está a Ministra da Agricultura Kátia Abreu, que recentemente deu uma entrevista ao ‘Programa do Jô’ sobre o processo que pode levar à deposição de Dilma. Os petistas teriam elogiado a forma como Renan tem levado o processo, especialmente porque ele não tem acelerado as coisas. Em 1992, quando Fernando Collor de Mello também teve que responder a um impeachment, o Senado demorou apenas três dias para marcar a votação, que não chegou a acontecer, pois Collor renunciou antes que essa data chegasse. A renúncia não deve ser o caminho de Dilma, que já disse diversas vezes em entrevistas que não tomará tal atitude.