Na data que marca os 52 anos do Golpe de 64, manifestantes contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff se mobilizam em várias cidades brasileiras, no que é chamado de Dia Nacional de Mobilização em Defesa da Democracia.
Até as 19h50, haviam sido registradas manifestações no Acre, em Alagoas,Amazonas, Brasília, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba,Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rôndonia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe eTocantins, assim como em algumas cidades no exterior, como Berlim (Alemanha), Lisboa (Portugal), Londres (Inglaterra) e Paris (França).
Em Brasília, a Jornada Nacional em Defesa da Democracia pretende reunir 150 mil pessoas. A manifestação é organizada pelas Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo. De acordo com a PM, cerca de 50 mil pessoas marchavam para o Congresso, por volta das 18h30. A PM mantém 870 policiais e 206 bombeiros foram destacados para o local.
O grupo se movimenta em direção ao Congresso Nacional, carregando faixas pedindo a saída do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e outras em apoio ao PT e a presidente Dilma Rousseff. A PM fez um cordão de isolamento em frente ao Congresso Nacional e a cavalaria também está de prontidão. As entradas do Palácio do Planalto, do Itamaraty e do Palácio da Justiça estão protegidas com grades de ferro.
Ônibus de Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, São Paulo e Santa Catarina se deslocaram até o estádio. Os organizadores esperavam que 700 ônibus de todo o país chegassem ao longo do dia, mas até as 19h20, haviam cerca de 370 ônibus no estacionamento externo do estádio.
“Saímos ontem de Caetité (BA), viajamos dezesseis horas para marcar presença,disse Paulo Sérgio, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Caetité. “Viemos para cá com três ônibus e devemos voltar só amanhã”. Segundo o sindicalista, os custos com a viagem e a alimentação foram divididos entre o sindicato e os próprios manifestantes.
Em Maceió (AL), a manifestação, chamada pelo PT de “ato cultural pela democracia”, acontece na praça Montepio dos Artistas e prossegue até a rua do Sol. “Os movimentos culturais sempre foram voz ativa na luta contra o autoritarismo e a censura. Agora não poderia ser diferente”, diz a página do partido onde o protesto foi organizado.
O ato contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff chegou à praça dos Martírios, centro da cidade, por volta das 18h. Na praça, integrantes de grupos de capoeira e batuques se apresentam para o público presente. O ato encerrou por volta das 18h40. A organização estimou 5 mil pessoas na caminhada. A PM informou que não vai divulgar estimativas de público.
UOL