Pelo menos 26 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em explosões no aeroporto e no metrô de Bruxelas, na Bélgica, na manhã desta terça-feira, de acordo com a imprensa belga.
O governo elevou o alerta para terrorismo no país para nível máximo. Nenhum grupo assumiu a autoria dos ataques mas ele ocorre quatro dias após a prisão, em Bruxelas, de Salah Abdeslam, principal suspeito pelos ataques de Paris em novembro.
Ainda não há informações oficiais sobre o número de mortos e feridos. Segundo a agência AFP, o porta-voz dos bombeiros, Pierre Meys, 11 pessoas morreram no aeroporto.
Já a autoridade de trânsito da cidade disse que 15 pessoas morreram no metrô.
O primeiro-ministro belga, Charles Michel, confirmou que uma das explosões no aeroporto foi causada por um ataque suicida.
Ele classificou a ação como “violenta e covarde” e disse que foi um “momento trágico na história do país”.
As duas primeiras explosões aconteceram por volta das 8h (4h de Brasília) no aeroporto de Zaventem.
A terceira ocorreu cerca de uma hora depois na estação de metrô de Maelbeek, perto das instituições da União Europeia.
O aeroporto, o metrô e todo o sistema de transportes da cidade (incluindo ônibus e VLTs) estão parados. Os trens da Eurostar de Bruxelas para Londres também foram suspensos.
Segundo a agência de notícias Belga, houve tiros e gritos em árabe antes das explosões no aeroporto.
A mídia belga afirma que uma das explosões no aeroporto foi causada por um ataque suicida. A outra bomba estaria em um pacote.
Até o momento, nenhum grupo assumiu a autoria dos ataques. Mas apoiadores do Estado Islâmico elogiaram a ação nas redes sociais e parecem acreditar que o grupo é responsável por ela.
Alguns estão usando, em árabe, a hashtag #BruxelasEmFogo para elogiar os eventos. Os apoiadores do EI usaram hashtags semelhantes para comemorar os ataques de Paris.
Se o Estado Islâmico de fato for o responsável pelos ataques, é provável que só assumam a responsabilidade depois que a ação for concluída, ou seja, quando não houver mais ataques planejados ou quando todos os que atuaram neles tiverem fugido (ou morrido), como foi feito em outras ocasiões.
Já os partidários da al-Qaeda não estão sendo tão ativos sobre os ataques nas redes.
BBC Brasil