Além de implicar a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, a delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) cita, entre outros, nomes de três ministros, nove senadores e três deputados.
A colaboração com a Justiça cita personagens tanto do governo Dilma quanto dos governos Lula e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), como nove ex-ministros, quatro ex-senadores e três ex-presidentes da Petrobras.
O vice-presidente Michel Temer (PMDB) e o presidente do Senado, Renan Calheiros também foram alvos dos depoimentos do senador petista.
Veja os principais fatos citados nos depoimentos do senador à Procuradoria-Geral da República sobre o alagoano.
Delcídio afirma que a bancada do PMDB no Senado exerce forte influência sobre o setor energético brasileiro por meio do Ministério de Minas e Energia, de diretorias na Petrobras e em estatais como Eletrosul, Eletronorte e Eletronuclear. O senador cita também a influência do PMDB na nomeação das diretorias das agências de regulação da ANS e Anvisa. Segundo Delcídio, a influência do PMDB teria ligação com esquemas de propina. O senador cita como responsáveis por essa influência os peemedebistas Renan Calheiros (AL), Edson Lobão (MA), Jader Barbalho (PA), Romero Jucá (RR), Valdir Raupp (RO) e Eunício Oliveira (CE). Destes, apenas Raupp se manifestou, negando qualquer relação com as delações de Delcídio ao jornal “Folha de S. Paulo”. O UOL não conseguiu falar com os outros senadores.
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