A Organização Mundial da Saúde (OMS) chama a atenção mais uma vez para Alagoas sobre o aumento dos casos da síndrome de Guillain-Barré. Um estudo publicado pelo instituto francês, Pasteur, confirma a ligação da doença com o vírus Zika.
No ano passado, o Brasil teve cinco casos novos da doença por dia, um aumento de 19%. Além de Alagoas, outros estados estão sob a vigilância da OMS: Bahia, Piauí e Rio Grande do Norte. E a expectativa da pesquisa, é que o número de casos irá aumentar no país.
No fim do ano passado, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) confirmou o registro de 25 casos entre os meses de maio e novembro. Já o Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed-AL), informou que em hospitais particulares, o número de casos sobre para 40.
A síndrome de Guillain-Barré é uma doença do sistema nervoso de caráter autoimune, marcada pela perda da bainha de mielina e dos reflexos tendinosos. Ela se manifesta sob a forma de inflamação aguda desses nervos e, às vezes, das raízes nervosas, e pode afetar pessoas de qualquer idade, especialmente, os adultos mais velhos.
O processo inflamatório e desmielizante interfere na condução do estímulo nervoso até os músculos e, em parte dos casos, no sentido contrário, isto é, na condução dos estímulos sensoriais até o cérebro.
Em geral, a moléstia evolui rapidamente, atinge o ponto máximo de gravidade por volta da segunda ou terceira semana e regride devagar. Por isso, pode levar meses até o paciente ser considerado completamente curado. Em alguns casos, a doença pode tornar-se crônica ou recidivar.
Redação