O diretor do Instituto de Pesquisa sobre a Paz em Oslo (Prio), Kristian Berg Harpviken, publicou oficialmente a listagemdos nomeados para o Prêmio Nobel da Paz.
Os especialistas apontam que o favorito para este ano é o ex-agente americano Edward Snowden, que está sendo considerado um ativista dos direitos humanos. Entre os mais cotados para o prêmio estão o presidente da Colômbia e os líderes da FARC (que selaram um acordo de paz após quase 50 anos), Ernest Moniz e Ali Akbar Salehi (o americano e o iraniano que comandaram o acordo nuclear do Irã) e os moradores das ilhas gregas que receberam milhares de refugiados.
A lista também considera outros nomes menos prováveis, que inclui um ginecologista que cuida de mulheres violadas no Leste da República Democrática do Congo, e Nadia Murad, yazidi ex-escrava sexual do Estado Islâmico (EI). Como sempre, alguns famosos aparecem na lista, mas este ano nenhum deles é favorito. Entre eles estão o Papa Francisco, a chanceler alemã, Angela Merkel e o candidato a presidente dos EUA, Donald Trump.
Embora tenha passado despercebido pela grande mídia, uma igreja evangélica também foi nomeada. Trata-se da Igreja Episcopal Metodista Africana Emanuel, em Charleston, na Carolina do Sul. Em junho de 2015, ela foi invadida por um homem branco que matou nove pessoas negras durante o culto.
Cerca de um mês depois do crime, quando Dylann Roof, 21 anos, foi a julgamento pelas mortes, os familiares dos mortos o perdoaram.
Embora suas chances de ganhar o prêmio sejam pequenas, os membros da igreja comemoraram. “O simples fato de que a igreja está no mesmo patamar de Mahatma Gandhi e Martin Luther King Jr. é uma das honrarias mais altas”, afirmou Liz Alston que falou à imprensa em nome dos membros.
“Pensar que a nossa igreja contribuiu para a paz neste mundo é algo simplesmente fenomenal, inigualável na história Charleston”.
Quem também comemorou foi o deputado GK Butterfield, que é branco e representa o estado vizinho da Carolina do Norte. Ele foi um dos que indicou a igreja ao Instituto Nobel.
“Um incidente de tamanho terror e ódio racial poderia ter provocado uma explosão de raiva e violência da comunidade, como ocorrera em situações semelhantes em outras cidades dos Estados Unidos. No entanto, algo diferente aconteceu e a resposta deles não foi de raiva, vingança, violência, mas o perdão cristão, a união e a paz”, afirmou.
O comitê do Nobel começará as reuniões de avaliação em 29 de fevereiro. Dentre os mais de 200 nomes listados agora, a grande maioria vai sendo eliminada segundo vários critérios da Academia. No máximo três podem dividir o prêmio. O resultado final só será divulgado em outubro.
Em dezembro ocorre a cerimônia de entrega, em Oslo, na Noruega. O laureado recebe o Prêmio Nobel da Paz, que consiste em uma medalha, um diploma e uma recompensa em dinheiro (cerca de 1 milhão de dólares). Com informações de Charisma News