O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a esposa Marisa Letícia, Léo Pinheiro e Igor Pontes, ambos ligados a OAS, foram intimados pelo Ministério Público de São Paulo para prestarem esclarecimento sobre o triplex do Condomínio Solaris, no Guarujá. Os acusados serão ouvidos pelo promotor Cássio Conserino no dia 16 de fevereiro.
Segundo informações do “Blog do Fausto Macedo”, Conserino diz ter indícios que o verdadeiro dono do tríplex 164 A, no Guarujá, seja o Lula e que houve uma tentativa de esconder a verdadeira identidade do proprietário, o que caracteriza lavagem de dinheiro.
Lula, quando se reelegeu presidente, declarou à Justiça eleitoral que havia participação de R$ 47 mil na Bancoop, cooperativa habitacional que, devido a problemas financeiros, repassou o empreendimento para a OAS. A empreiteira é investigada pela Polícia Federal e a Procuradoria da República por pagar propina a agentes públicos para ganhar contratos fraudulentos na Petrobras.
Entenda o caso
A 22ª fase da Operação Lava Jato tem como foco a empresa offshore Murray, sediada no Panamá, que detém a propriedade de um triplex no mesmo condomínio que a construtora OAS havia reservado um triplex para a família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula, na praia de Astúrias, no Guarujá.
Essa etapa da operação mira em negócios da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo). O objetivo é descobrir se a offshore foi utilizada pela OAS para lavagem de dinheiro.
Além dos procuradores da Lava Jato, a Promotoria de Justiça de São Paulo também apura os negócios da Bancoop. O ex-presidente Lula é alvo de investigação sobre a legalidade da transferência de empreendimentos da cooperativa habitacional para a OAS em 2009.
A Promotoria apura também se a empreiteira usou apartamentos do prédio, localizado na praia de Astúrias, no Guarujá (SP), para lavar dinheiro ou beneficiar pessoas indevidamente.
O Tempo