O presidente do Senado, Renan Calheiros, encomendou à Casa um livro de 163 páginas no qual faz um balanço da sua gestão e dos projetos aprovados em 2015. No texto de apresentação da publicação, o maior alvo é o ajuste fiscal encampado pelo ex-ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Para Renan, as propostas foram “difusas e fragmentadas”.
“Reitero o que disse em várias oportunidades sobre o ajuste. Ele é insuficiente, limitado e, em sua concepção inicial quem pagaria a conta seria apenas o andar de baixo”, escreve Renan. O peemedebista ataca ainda a reforma administrativa promovida pelo Planalto no final do ano passado: “medidas limitadas, muito aquém das expectativas e cercadas de ressalvas de que esses cortes não teriam o impacto de redução de custeio estimado”.
Levy ganha no texto menção especial, num cenário nada favorável. Renan descreve uma das reuniões das quais o ex-ministro participou no Senado. Pergunado por um senador qual era a alternativa estudada pelo governo caso a recriação da CPMF não fosse aprovada, Levy respondeu – no relato de Renan – que não havia “plano B”. “Então é melhor o senhor elaborar um plano B, porque CPMF não passa”, revidou o mesmo senador, segundo Renan.
Revista Época