Ministro falou que tema ainda será discutido pelo Ministério da Saúde
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta sexta-feira (17) que a vacinação de crianças contra a Covid-19 não é um “assunto consensual”. A declaração do ministro ocorre um dia após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso da vacina Pfizer contra a Covid em crianças de 5 a 11 anos.
Apesar do aval da agência reguladora, caberá ao Ministério da Saúde decidir se inclui ou não o imunizante para crianças no Programa Nacional de Imunizações (PNI). Além disso, é o governo federal quem será o responsável por adquirir as doses para a vacinação desse público.
Na noite de quinta-feira (16), Queiroga afirmou que o assunto será “amplamente discutido” na pasta antes que a decisão seja tomada, mas adiantou que a medida não será adotada em 2021. Nesta sexta, Queiroga repetiu que a vacinação infantil contra a Covid será avaliada pela câmara técnica do órgão, mas disse que o assunto não é “consensual”.
– Queremos discutir esse assunto de uma maneira aprofundada, porque não é um assunto consensual. Há aqueles que defendem, há os que defendem de maneira entusiasta, há os que são contra – afirmou.
APROVAÇÃO DA VACINA PARA CRIANÇAS ENTRE 5 E 11 ANOS
A vacina da Pfizer contra a Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos, aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na quinta-feira (16), seguirá uma série de protocolos que diferem da imunização das pessoas acima dessa idade.
De acordo com a Anvisa, a vacina será aplicada em duas doses, com intervalo de 21 dias entre cada uma. Além disso, a dosagem do imunizante será especial, de apenas 3 microgramas. Para adultos, o volume é de 10 microgramas. O gerente-geral de Medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, explicou que, mesmo com a diminuição da dosagem, a proteção contra a Covid é garantida.
Fonte: Contrafatos