As obras do Canal do Sertão foram alvos esta semana de mais uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU). Esta já é a quarta investigação do órgão que encontrou superfaturamento nos contratos entre a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra) e as empresas que realizam os trabalhos.
O rombo de quase R$ 120 milhões teria sido aberto com pagamentos excessivos e sobrepreços, além de mudanças nos contratos sem justificativa. O documento traz um superfaturamento de R$ 37 milhões no trecho 3, inaugurado recentemente pela presidente Dilma Rousseff; de R$ 33,9 milhões no trecho 4 que está em construção e de R$ 48 milhões no trecho 5 que ainda nem começou a ser construído.
Após os cálculos realizados, o relatório do TCU informa que o custo das obras deveria ser mais baixo. E o problema se agrava porque entre as empresas, estão três ligadas ao escândalo da Petrobras: OAS, Queiroz Galvão e Odebrecht.
Os contratos investigados são referentes ao ano de 2010, gestão de Teotonio Vilela Filho e Marco Fireman como secretário de Infraestrutura do Estado.
O órgão ainda afirma que irá levar à Comissão de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso Nacional as irregularidades para que sejam tomadas as devidas providências.
Redação