Na manhã desta terça-feira (12/8), um ônibus fretado da companhia aérea Gol foi alvo de um ataque enquanto transportava funcionários entre os aeroportos de Congonhas e Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. Apesar do incidente, nenhum passageiro ficou ferido, e o veículo completou o trajeto até o destino final, segundo informou a própria empresa.
O caso ocorre em meio a uma onda crescente de ataques contra ônibus na capital e em cidades próximas. Desde junho, foram registrados quase mil incidentes envolvendo coletivos urbanos e intermunicipais. Dados da SPTrans indicam que 632 ataques ocorreram dentro da cidade de São Paulo, enquanto a Artesp contabilizou 344 casos em linhas intermunicipais, evidenciando um aumento significativo nos últimos meses.
A Gol lamentou o episódio e afirmou que está tomando medidas para apurar o ocorrido. A companhia destacou que a segurança dos passageiros foi preservada e que o ônibus seguiu viagem sem interrupções.
Por outro lado, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo informou que não há registro formal da ocorrência na Polícia Civil até o momento. A falta de registro reforça os desafios das autoridades em monitorar e prevenir ataques a coletivos, apontando lacunas na comunicação entre empresas, passageiros e órgãos de segurança.
Especialistas em segurança urbana alertam que a cidade enfrenta um crescimento de atos de violência e vandalismo contra o transporte coletivo. Muitos ataques acontecem em horários de pico, comprometendo o fluxo do trânsito, aumentando o risco de acidentes e gerando insegurança entre trabalhadores que dependem diariamente de ônibus e linhas intermunicipais.
O ataque ao ônibus da Gol também evidencia a vulnerabilidade de veículos corporativos e fretados, que circulam em rotas movimentadas da cidade. Esses coletivos, que transportam funcionários de empresas e companhias aéreas, enfrentam riscos semelhantes aos de linhas convencionais, mostrando que a violência atinge diferentes tipos de transporte público.
As autoridades paulistas têm buscado alternativas para reduzir esses ataques, incluindo aumento de policiamento em locais críticos, instalação de câmeras de monitoramento e campanhas de conscientização sobre segurança urbana. Apesar dessas medidas, o aumento constante de incidentes revela que ainda há muito a ser feito para proteger passageiros e motoristas.
Além do impacto na segurança, os ataques geram atrasos, interrupções de serviço e preocupação entre os usuários, afetando a rotina de milhares de pessoas que dependem do transporte coletivo diariamente. A necessidade de respostas rápidas, políticas de prevenção eficazes e melhor coordenação entre órgãos públicos e empresas é essencial para reduzir o problema.
Enquanto a Gol investiga o ataque sofrido em seu ônibus, autoridades de São Paulo enfrentam o desafio de conter a escalada de violência contra coletivos urbanos e intermunicipais. A combinação de fiscalização reforçada, medidas preventivas e ações emergenciais será fundamental para restaurar a segurança e a confiança de passageiros e trabalhadores que utilizam o transporte público na região.
Fonte: polinvestimento.com