O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) respondeu com ironia ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta terça-feira (12), após o titular da pasta atribuir a ele a culpa pelo cancelamento de um encontro que estava agendado com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent. O parlamentar criticou duramente a gestão do ministro e contestou as acusações feitas contra ele.
O episódio envolvendo o encontro cancelado aconteceu em um momento em que o governo brasileiro buscava fortalecer o diálogo com autoridades americanas, especialmente no campo econômico, dada a relevância da parceria entre Brasil e Estados Unidos. Porém, a reunião não aconteceu, e Haddad apontou Eduardo Bolsonaro como um dos responsáveis pelo fracasso na agenda.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, Eduardo afirmou que o insucesso da reunião deve ser atribuído ao próprio ministro da Fazenda, que, segundo ele, precisa assumir suas falhas e melhorar sua postura. Ele ressaltou que não cabe a terceiros arcar com a responsabilidade pelos erros da gestão econômica do governo.
Além disso, o deputado insinuou que a política do governo brasileiro é vista negativamente pelos Estados Unidos, o que justificaria o cancelamento da reunião. Para Eduardo, o governo federal adota uma posição “anti-americana” que prejudica as relações entre os países e afasta potenciais interlocutores.
Ele também criticou a figura do ministro Haddad, sugerindo que uma reunião entre ele e representantes americanos seria inútil, pois, segundo o deputado, o ministro não teria argumentos sólidos e apresentaria apenas “discurso vazio”. Essa declaração reforça o clima de antagonismo entre membros do atual governo e parlamentares da oposição.
A troca de farpas evidencia as tensões políticas internas que marcam o cenário brasileiro, com aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro confrontando membros do governo atual de forma contundente. Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, mantém uma postura firme de oposição, criticando abertamente a administração do presidente Lula e seus ministros.
Para Haddad, o desafio tem sido conduzir a política econômica em meio a um ambiente turbulento, com pressões tanto internas quanto externas, buscando restaurar a confiança do mercado e estabilizar as contas públicas. A dificuldade em manter um diálogo fluido com autoridades internacionais, como o secretário do Tesouro americano, dificulta a concretização desses objetivos.
Nas redes sociais e na imprensa, o episódio ganhou destaque como mais um capítulo da disputa política que domina o país desde as eleições presidenciais. Enquanto Haddad tenta consolidar a imagem de gestor técnico e responsável, Eduardo Bolsonaro adota o papel de crítico feroz, expondo divergências profundas que permeiam o atual momento político.
Do ponto de vista internacional, a relação com os Estados Unidos é considerada fundamental para o Brasil, especialmente em temas como comércio e investimentos. O cancelamento da reunião com o secretário do Tesouro americano levanta dúvidas sobre o alinhamento e a capacidade do país de manter parcerias estratégicas num cenário global complexo.
Essa divergência entre o ministro da Fazenda e o deputado federal reflete não só um conflito político interno, mas também os obstáculos que o Brasil enfrenta para apresentar uma posição coesa e eficaz perante a comunidade internacional. O desentendimento pode comprometer futuras negociações e a imagem do país no exterior.
Fonte: pensandodireita.com