Novas informações que vieram à tona mostram que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, teria criado uma estrutura paralela para justificar prisões após os protestos de 8 de janeiro. De acordo com os documentos vazados, essa equipe atuava por meio de grupos de WhatsApp, reunindo auxiliares do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para elaborar relatórios informais baseados em publicações nas redes sociais.
Nesses relatórios, pessoas eram classificadas como “terroristas” ou “golpistas”, servindo como fundamento para prisões que ocorreram sem transparência, direito à defesa e com dados biométricos possivelmente alterados. Tais provas, mantidas em sigilo, foram usadas contra os investigados em processos que muitos consideram ilegais e arbitrários.
Essa nova divulgação amplia revelações anteriores feitas por grandes veículos da imprensa, reforçando a existência de um verdadeiro “gabinete paralelo” no STF, responsável por monitorar, perseguir e incriminar opositores políticos. O funcionamento dessa estrutura ultrapassava os limites legais, configurando um esquema de espionagem institucional.
Um dos aspectos mais preocupantes é que decisões judiciais, como a manutenção de prisões, baseavam-se em manifestações contrárias ao Partido dos Trabalhadores (PT) e ao ex-presidente Lula, caracterizando uma perseguição ideológica. Até cidadãos comuns, cujos dados eram incompletos, foram alvos desse mecanismo repressivo.
Esse gabinete atuava em colaboração com a Procuradoria Geral da República, sob comando direto de Alexandre de Moraes, criando uma rede de controle e censura sobre pessoas consideradas inimigas do governo. As práticas denunciadas lembram métodos autoritários, destoando dos princípios democráticos que deveriam nortear o país.
Além disso, esse esquema funcionava simultaneamente para o STF e para o TSE, que era presidido por Moraes à época, concentrando poder em suas mãos. A quantidade de inquéritos conduzidos pelo gabinete do ministro demonstra a extensão da operação.
As denúncias estão repercutindo internacionalmente, com jornalistas americanos dando destaque ao caso, o que pode levar a sanções internacionais baseadas na Lei Magnitsky, que pune violações de direitos humanos. Autoridades estrangeiras já sinalizam responsabilizar Moraes e seus aliados.
Esses fatos provocam questionamentos sobre o funcionamento do judiciário brasileiro e a proteção das garantias constitucionais. A sociedade e a oposição exigem esclarecimentos e ações para impedir abusos e garantir a democracia e os direitos fundamentais.
O momento exige atenção e vigilância diante da possibilidade de um regime autoritário disfarçado por instituições oficiais. Transparência e respeito à legislação são essenciais para restaurar a confiança e assegurar a justiça no país.
Fonte: pensandodireita.com