Aprovada em 2016, a Lei Global Magnitsky permite que os Estados Unidos imponham sanções a indivíduos estrangeiros acusados de corrupção significativa ou violações graves de direitos humanos. Entre as penalidades previstas estão o congelamento de bens sob jurisdição americana, proibição de entrada nos EUA e restrições severas em transações com empresas e instituições financeiras norte-americanas. A medida é aplicada unilateralmente pelo Departamento do Tesouro dos EUA, com apoio dos Departamentos de Estado e Justiça, e não exige condenação judicial prévia.
Diversos casos internacionais já foram alvo da legislação, incluindo autoridades russas envolvidas na morte do advogado Sergei Magnitsky, que deu nome à lei, além de figuras acusadas no assassinato de Jamal Khashoggi e na repressão de opositores em regimes autoritários. A Lei Magnitsky tem ganhado destaque por sua efetividade em pressionar governos e indivíduos considerados violadores de normas democráticas e de direitos humanos, sendo usada como instrumento diplomático de responsabilização internacional.
✴️ CÁ PRA NÓS: A aplicação da Lei Magnitsky a um indivíduo representa uma condenação moral pública no cenário internacional. Mais do que sanções econômicas ou restrições de vistos, ela carimba o nome da pessoa como cúmplice de violações graves de direitos humanos ou corrupção sistêmica. Para o atingido, isso impõe não apenas isolamento financeiro e diplomático, mas também um desgaste moral profundo: sua reputação é associada a práticas repudiadas globalmente, o que pode afetar relações pessoais, profissionais e políticas de forma duradoura.
Fonte: cesarwagner.com