O presidente Lula participou de uma cerimônia em Minas Gerais, onde direcionou críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Durante o evento, Lula acusou Bolsonaro de ter fugido da cerimônia de transmissão do cargo presidencial em 2023, comparando sua atitude a uma fuga covarde.
Lula ressaltou que sua candidatura tem um propósito claro, afirmando que conhece suas raízes e sabe aonde quer chegar. Diferente de seus adversários, ele destacou que já deixou o governo e retornou ao cargo, enquanto Bolsonaro teria evitado enfrentar o momento da posse.
Na mesma ocasião, o presidente comentou sobre as relações diplomáticas do Brasil, principalmente com os Estados Unidos, e declarou estar aberto ao diálogo. No entanto, segundo ele, o governo americano estaria ignorando as tentativas brasileiras de negociação. Lula afirmou ter mantido conversas com líderes de vários países, como México, Paraguai, Uruguai, Índia e Canadá, mas que, apesar disso, não conseguiu estabelecer diálogo com os Estados Unidos.
Ele ainda alertou para a ameaça de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, que deve entrar em vigor em breve, e prometeu uma resposta firme caso essa medida seja implementada. Para ilustrar a situação, Lula usou uma analogia com o jogo de truco, afirmando que, se os EUA estão tentando blefar, acabarão sendo derrotados.
Lula também criticou Bolsonaro, afirmando que ele contribuiu para agravar a crise nas relações internacionais do Brasil ao atacar o presidente americano Donald Trump, chamando-o de nazista e promovendo o socialismo, o que teria dificultado as negociações.
Além disso, Lula foi crítico em relação ao seu próprio estilo político atual, afirmando que tem adotado um discurso mais combativo, similar ao de um candidato em campanha, mesmo exercendo o cargo de presidente. Ele destacou que suas falas são dirigidas a um público já alinhado e que o financiamento público está envolvido nessas manifestações.
Lula também relembrou sua trajetória política, negando ser um negociador tradicional e ressaltando seu papel histórico como líder sindical e mobilizador de greves nos anos 1970 e 1980. Segundo ele, sua atuação sempre foi marcada pela luta e mobilização dos trabalhadores, não pela articulação política convencional.
Para finalizar, Lula afirmou que não é alguém que negocia acordos internacionais complexos, como o conflito entre Zelensky e Putin, e que seu estilo é mais autoritário do que conciliador. Ele destacou que nunca negociou sua sucessão política e que, para conquistar o poder em 2002, confiou o comando do partido a um aliado com maior habilidade política.
Fonte: pensandodireita.com