As chuvas intensas que castigam a Coreia do Sul desde a última quarta-feira têm deixado um rastro de destruição, mortes e desaparecimentos em várias regiões do país. Até este domingo, dia 20 de julho, já foram confirmadas 14 mortes e ainda há 12 pessoas desaparecidas, enquanto equipes de resgate seguem mobilizadas em busca de sobreviventes.
As tempestades provocaram enchentes severas, alagamentos de ruas, transbordamento de rios e deslizamentos de terra em diferentes pontos, especialmente nas partes sul e sudoeste do território sul-coreano. O condado de Sancheong, situado no sul do país, concentra o maior número de vítimas fatais. Outras mortes ocorreram nas cidades de Osan, na província de Gyeonggi, além de Seosan e Dangjin, ambas localizadas na província de Chungcheong do Sul.
Na cidade de Gwangju, no sudoeste, concentra-se o maior número de desaparecidos. A situação por lá é crítica, já que o solo encharcado aumenta o risco de novos deslizamentos de terra, dificultando o acesso das equipes de emergência e tornando ainda mais perigosas as buscas por pessoas que possam estar soterradas.
As fortes chuvas também destruíram casas, prédios e vias importantes. Muitas famílias perderam tudo em questão de horas. Até o momento, cerca de 5 mil pessoas precisaram abandonar suas casas por causa de alagamentos ou risco de desabamentos, e aproximadamente 3 mil delas foram acolhidas em abrigos emergenciais improvisados em ginásios, centros comunitários e escolas públicas.
Diante do cenário de desastre, o governo sul-coreano criou uma força-tarefa para centralizar os esforços de resposta, assistência às vítimas e avaliação dos danos. O presidente Lee Jae Myung determinou prioridade máxima para o atendimento das regiões mais atingidas e mobilizou todos os órgãos competentes para acelerar o socorro e iniciar as ações de recuperação.
Equipes compostas por bombeiros, militares, policiais e voluntários trabalham dia e noite para retirar escombros, prestar socorro a quem ainda está ilhado e resgatar moradores de áreas de risco. Caminhões e veículos especiais foram enviados para locais que continuam isolados devido ao colapso de pontes e bloqueio de estradas por lama e detritos.
O Ministério do Interior e Segurança acompanha a situação em tempo real e alerta para o risco de novas tempestades nos próximos dias, o que pode agravar ainda mais o cenário. Meteorologistas indicam que as chuvas podem continuar fortes, superando os níveis típicos para o período, o que mantém em alerta regiões montanhosas e comunidades ribeirinhas vulneráveis a enchentes repentinas.
Enquanto isso, a população tenta se reerguer diante do impacto devastador. Voluntários e autoridades locais distribuem alimentos, água potável e itens de higiene para as famílias que perderam suas casas. Muitos enfrentam filas em abrigos, buscando abrigo seguro, atendimento médico e assistência psicológica em meio a uma tragédia que mudou a rotina de milhares de sul-coreanos em poucos dias.
Fonte: pensandodireita.com