A crise diplomática entre Estados Unidos e Brasil ganhou contornos inéditos nesta sexta-feira (18), com a sinalização do governo Trump de que avalia impor sanções militares e tecnológicas ao país. O foco principal das medidas seria o setor de aviação e defesa, incluindo o bloqueio de acesso a tecnologias sensíveis e a paralisação de acordos estratégicos bilaterais.
A crise diplomática entre Estados Unidos e Brasil ganhou contornos inéditos nesta sexta-feira (18), com a sinalização do governo Trump de que avalia impor sanções militares e tecnológicas ao país. O foco principal das medidas seria o setor de aviação e defesa, incluindo o bloqueio de acesso a tecnologias sensíveis e a paralisação de acordos estratégicos bilaterais.
- Restrição ao fornecimento de peças e software para a indústria aeronáutica brasileira;
- Bloqueio de sinais de GPS em território nacional, com impacto imediato sobre logística, agricultura de precisão e operações militares;
- Aplicação da Lei Magnitsky, com congelamento de bens e proibição de transações para autoridades brasileiras consideradas violadoras de direitos humanos;
- Tarifas de importação elevadas de 50% a 100% sobre produtos brasileiros estratégicos;
- Suspensão de cooperação em inteligência e defesa com o Brasil, incluindo programas de intercâmbio militar.
Fontes diplomáticas em Brasília descrevem o cenário como de “alerta máximo”. A leitura no Planalto é que o Brasil pode estar diante do maior isolamento internacional desde a redemocratização, com risco real de colapso em setores sensíveis da economia caso as ameaças se concretizem.
“Estamos falando de sanções que atingem o coração da nossa capacidade tecnológica e de defesa”, afirmou um integrante do Ministério das Relações Exteriores sob anonimato. “O bloqueio de GPS, por exemplo, compromete cadeias logísticas, sistemas de transporte e até comunicações militares”.
Analistas lembram que o Brasil, embora não integre alianças militares formais com os EUA, depende fortemente de parcerias com empresas e órgãos norte-americanos para manter plataformas aéreas, sistemas de navegação e programas estratégicos como o da Embraer.
A resposta do governo brasileiro ainda está em avaliação, mas ministros do Palácio do Planalto já propuseram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a adoção de medidas de reciprocidade. A ideia é restringir vistos de autoridades americanas ligadas a Trump e dirigentes de big techs que atuam no Brasil.