O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que sejam anexados ao Inquérito 4.995, que investiga a atuação do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos, links de postagens e entrevistas realizadas por Eduardo com o que chamou de “ataques ao Supremo Tribunal Federal”. Em uma das postagens, o filho de Bolsonaro se refere a Moraes como “ditador” e “gangster de toga”.
Nesta sexta-feira (18), Moraes determinou medidas cautelares contra o ex-presidente e teve sua decisão confirmada pela maioria da 1ª Turma do STF. Bolsonaro foi alvo de buscas da Polícia Federal (PF), vai usar tornozeleira e está proibido de acessar suas redes sociais. A PF acusa Bolsonaro de ter atuado para dificultar o julgamento do processo contra ele por suposta tentativa de golpe de Estado e disse que as ações poderiam caracterizar crimes de coação no curso do processo.
Após a operação, ainda na sexta-feira, o secretário de Estado do governo de Donald Trump, Marco Rubio, anunciou a revogação imediata do visto americano de Moraes, de seus aliados na Corte e familiares diretos. Essa é a primeira sanção adotada pelo governo dos Estados Unidos diretamente contra o ministro.
Na manhã deste sábado (19), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou-se em defesa dos ministros e afirmou que “a interferência de um país no sistema de Justiça de outro é inaceitável e fere os princípios básicos do respeito e da soberania entre as nações”.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com