O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira, 17 de julho de 2025, que seu médico lhe disse que ele não resistiria a uma nova cirurgia complexa no trato digestivo. Desde a facada sofrida em 2018, Bolsonaro já passou por sete cirurgias relacionadas às complicações do ferimento. A mais recente delas foi realizada em 13 de abril deste ano e durou cerca de 12 horas.
Bolsonaro contou que recebeu esse alerta durante uma conversa franca com seu médico, que ressaltou os riscos de um novo procedimento desse porte. O ex-presidente usou um tom descontraído para falar da gravidade do conselho, brincando ao dizer que, embora o médico tenha feito uma previsão preocupante, ele não era torcedor do Flamengo, mas sim do Botafogo, tradicional time do Rio de Janeiro.
Desde o ataque que sofreu durante a campanha presidencial, Bolsonaro vem enfrentando uma série de desafios médicos decorrentes do trauma. As sucessivas intervenções cirúrgicas foram necessárias para tratar as sequelas internas e as complicações advindas da facada. A recuperação tem sido longa e delicada, exigindo acompanhamento constante de uma equipe especializada.
A declaração de Bolsonaro reacende discussões sobre sua condição física atual e os limites que essa situação impõe à sua vida política. Mesmo diante das dificuldades de saúde, o ex-presidente segue ativo, participando de eventos e mantendo contato com sua base de apoio, que acompanha de perto seu estado e suas batalhas jurídicas.
Especialistas alertam que múltiplas cirurgias abdominais, especialmente em casos traumáticos como o de Bolsonaro, aumentam os riscos de complicações graves, como infecções e fragilidade dos tecidos. Por isso, o alerta do médico quanto à possibilidade de uma nova cirurgia ser fatal não é uma surpresa para profissionais da saúde, reforçando a necessidade de cuidados e prevenção.
O ex-presidente tem mantido sua rotina pública mesmo enfrentando limitações físicas, o que gera admiração entre seus seguidores e preocupação entre aqueles que acompanham sua recuperação. A abertura em falar sobre o risco também pode ser vista como uma estratégia para humanizar sua imagem e mostrar transparência diante dos desafios pessoais.
A situação médica delicada de Bolsonaro é um fator que influencia o ambiente político, especialmente porque ele continua envolvido em investigações e restrições judiciais que complicam sua atuação. A mensagem transmitida por ele nesta quinta-feira evidencia a fragilidade do momento, mesmo com a determinação em seguir ativo.
O histórico das cirurgias e o recente procedimento longo demonstram a complexidade do tratamento necessário para manter Bolsonaro em condições de saúde que permitam sua participação na vida pública. A repercussão da fala do ex-presidente indica que seu estado continuará a ser acompanhado de perto, tanto pela mídia quanto por apoiadores e adversários políticos.
Assim, o alerta médico reforça que qualquer decisão sobre a realização de novos procedimentos deverá ser tomada com extremo cuidado, considerando os riscos elevados e as consequências para a saúde do ex-presidente.
Fonte: pensandodireita.com