Sete suspeitos foram presos em flagrante na segunda-feira (7) durante uma ação realizada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE) na comunidade do Catiri, em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A área é dominada por uma milícia liderada por Emson Alves Pereira, conhecido pelo apelido “Montanha”.
A operação foi deflagrada após denúncias feitas por moradores e comerciantes da região, que vinham sofrendo com extorsões praticadas pelos criminosos. Conforme apurado, o grupo exigia pagamentos para o fornecimento de serviços essenciais como energia elétrica, internet e gás, impondo assim uma cobrança ilegal e abusiva sobre a população local.
Testemunhas relataram que os milicianos transitavam armados durante o dia, com plena liberdade, evidenciando o controle exercido pela organização sobre a comunidade e a sensação de medo que dominava os moradores.
Durante a ação policial, houve troca de tiros entre os agentes e os criminosos. Sete deles foram capturados, e com o grupo foram apreendidos um fuzil calibre .556, três pistolas e dois carros blindados utilizados para proteger os criminosos e manter o domínio na região.
A Draco informou que o principal propósito da operação é desarticular o grupo miliciano instalado no Catiri e restabelecer o controle do Estado sobre a área. A presença dessa organização tem prejudicado a vida da população, que vive sob constante ameaça e exploração ilegal.
As investigações continuam em curso, com o objetivo de identificar e prender todos os envolvidos na milícia, buscando desmontar completamente a estrutura criminosa que age na comunidade.
Essa operação integra uma série de ações das forças de segurança do Rio de Janeiro contra milícias, que controlam diversas regiões da cidade, exercendo poder paralelo e prejudicando os direitos dos moradores.
A prisão dos sete suspeitos, junto com a apreensão das armas e veículos blindados, representa um avanço importante no combate a essas organizações. Contudo, o enfrentamento ainda é complexo, pois as milícias utilizam métodos violentos para manter seu domínio.
O êxito da ação mostra a relevância do trabalho conjunto entre delegacias especializadas e demais forças policiais, além da importância das denúncias da população para o sucesso das operações.
Espera-se que, com a continuidade das investigações e das ações repressivas, o poder das milícias em Bangu e outras áreas sob seu controle seja enfraquecido, permitindo que o Estado recupere a segurança e o bem-estar da comunidade local.
Fonte: pensandodireita.com