William Ferreira recebeu pena por transmissão dos atos e enfrenta câncer de próstata agravado durante prisão
A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, nesta terça-feira (1/7), o jornalista William Ferreira, de 61 anos, a 14 anos de prisão por sua participação nos atos do dia 8 de janeiro de 2023.
O relator, ministro Alexandre de Moraes, considerou Ferreira culpado pelos crimes de:
- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- Golpe de Estado;
- Dano qualificado;
- Deterioração de patrimônio tombado;
- Associação criminosa armada.
Os ministros Luiz Fux e Cristiano Zanin divergiram parcialmente no julgamento.
Transmissão dos atos e prisão
William Ferreira foi preso em 3 de fevereiro de 2023, durante a quarta fase da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal. A acusação baseou-se no fato de que ele transmitiu os atos do 8 de janeiro em suas redes sociais.
A defesa alega que Ferreira não invadiu qualquer prédio público, afirmando que ele estava de férias em Brasília e decidiu cobrir os protestos como repórter.
Diagnóstico de câncer e agravamento no cárcere
Durante o período em que esteve preso em Porto Velho (RO), Ferreira foi diagnosticado com câncer de próstata. De acordo com a defesa, a doença evoluiu devido à falta de tratamento adequado e ao estresse carcerário.
Mesmo solto no início de 2024, com o uso de tornozeleira eletrônica e outras medidas cautelares, Ferreira teve restrições severas, incluindo bloqueio de bens e impedimento de exercer sua profissão.
Quimioterapia e histórico pós-político
Laudos recentes mostram que o jornalista está em tratamento com quimioterapia, visando conter o avanço da doença. O quadro de saúde é agravado pelo falecimento de um irmão vítima do mesmo tipo de câncer.
Conhecido em Rondônia como o “homem do tempo”, Ferreira tem passagens pela Rede TV! e foi sargento da Polícia Militar. Em sua trajetória política, tentou diversos cargos desde 2012, incluindo deputado estadual e vereador, sem sucesso.
Fonte: contrafatos.com