O deputado Otoni de Paula criticou com veemência a postura do governo Lula diante da tragédia envolvendo a jovem brasileira Juliana Marins, que faleceu na Indonésia após esperar mais de quatro dias por um resgate. Segundo o parlamentar, o Itamaraty se recusou a apoiar a família no traslado do corpo de Juliana para o Brasil, alegando falta de competência e de recursos orçamentários para custear o retorno da brasileira. Otoni destacou a contradição entre essa negativa e a mobilização do governo para trazer ao país a ex-primeira-dama do Peru, acusada de corrupção e ligada a aliados do presidente.
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O deputado denunciou o que chamou de falta de humanidade do governo, que, na sua visão, privilegia interesses políticos e pessoais em detrimento das necessidades dos cidadãos comuns. Ele apontou que, enquanto o governo gasta recursos para proteger figuras consideradas amigas ou cúmplices em esquemas de corrupção, deixa de atender a situações de sofrimento e emergência envolvendo brasileiros no exterior.
Na mesma linha, o senador Eduardo Girão expressou solidariedade à família de Juliana Marins e lamentou a demora no resgate, que resultou na perda da jovem de 26 anos. Ele criticou a inércia do governo brasileiro e da diplomacia nacional diante do caso, em contraste com a rapidez e empenho demonstrados para buscar no Peru a ex-primeira-dama acusada na Operação Lava Jato. Girão apontou que o governo parece ter prioridade em estreitar relações com regimes e líderes controversos, como Irã, Venezuela e Peru, em vez de preservar a história da diplomacia brasileira, tradicionalmente focada em cultura de paz.
O senador Magno Malta reforçou o discurso, denunciando a aplicação de “dois pesos e duas medidas” pelo governo. Para ele, o Brasil abandona seus cidadãos e ao mesmo tempo acolhe criminosos. Malta afirmou que a rapidez para buscar a ex-primeira-dama peruana ocorreu por ela ser “um arquivo vivo”, sugerindo que sua vinda tem objetivos políticos para preservar informações sensíveis. Ele questionou por que o Itamaraty não agiu com a mesma agilidade para socorrer Juliana Marins, cuja história sensibilizou o país e ganhou repercussão internacional.
Além das críticas sobre o atendimento à família de Juliana, o senador também acusou o Itamaraty de posturas controversas em outras frentes, como a relação com Israel, que teria sofrido atos considerados xenófobos por parte do governo brasileiro.
O episódio tem provocado intenso debate político, expondo tensões e controvérsias no governo Lula e em sua política externa. As divergências envolvem não apenas o tratamento dado a brasileiros em situações de emergência, mas também a conduta diplomática em relação a aliados e regimes estrangeiros controversos.
A repercussão do caso Juliana Marins evidenciou uma crise na atuação governamental e diplomática, colocando em xeque a prioridade dada a diferentes cidadãos e a coerência na defesa dos interesses nacionais e humanos. A crítica dos parlamentares ressalta a importância da igualdade de tratamento e da solidariedade em situações de sofrimento, bem como a necessidade de um governo que responda com rapidez e humanidade diante de tragédias envolvendo brasileiros no exterior.
Fonte: PensandoDireita