Na manhã desta segunda-feira (16 de junho de 2025), Israel lançou um ataque aéreo contra a sede da IRIB (Islamic Republic of Iran Broadcasting), principal rede estatal de rádio e televisão do Irã. O edifício atingido está situado no norte de Teerã e foi severamente danificado, marcando um novo episódio de escalada nas tensões entre os dois países.
A ação, vista como estratégica, teve como alvo uma das principais ferramentas de comunicação do regime iraniano. A IRIB é responsável por transmitir mensagens oficiais do governo, além de promover campanhas de apoio interno e influenciar a opinião pública sobre o conflito em curso com Israel. A emissora também exerce papel relevante na difusão de conteúdos voltados ao exterior, o que reforça sua importância política e ideológica.
Antes da ofensiva, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, havia antecipado que a estrutura considerada “porta-voz da incitação e propaganda iraniana” estava prestes a ser neutralizada. A declaração antecipou o ataque como parte de uma estratégia mais ampla para desarticular os instrumentos de influência e manipulação mantidos por Teerã.
Com esse bombardeio, Israel não apenas atinge fisicamente uma instalação relevante, mas também envia uma mensagem direta ao governo iraniano: nenhuma instituição símbolo do regime está a salvo. O alvo escolhido não foi militar, mas político e simbólico, o que mostra um avanço nas táticas israelenses que agora miram o núcleo da propaganda estatal iraniana.
A destruição parcial das instalações da IRIB compromete, ainda que temporariamente, a capacidade do governo iraniano de manter controle narrativo sobre a população, especialmente em tempos de crise. A emissora tem papel crucial na sustentação ideológica do regime e em sua atuação externa, inclusive no apoio a movimentos aliados em países vizinhos.
Analistas internacionais consideram o ataque um passo calculado dentro da estratégia israelense de enfraquecimento da infraestrutura de comando iraniana. Ao atingir um canal de comunicação do Estado, Israel busca desestabilizar a estrutura de poder e provocar desgaste político interno no Irã.
Ainda não houve resposta oficial do governo iraniano, mas é esperado que Teerã reaja com firmeza, o que pode aumentar os riscos de uma guerra regional aberta. O ataque à emissora estatal eleva a tensão em um momento em que as vias diplomáticas permanecem enfraquecidas e o confronto parece avançar para uma nova fase.
Com essa ação, Israel demonstra estar disposto a intensificar a pressão sobre o Irã em múltiplas frentes, não apenas nas bases militares, mas também nos pilares institucionais e simbólicos do regime. A ofensiva amplia o clima de instabilidade no Oriente Médio e levanta novos alertas na comunidade internacional quanto à possibilidade de um conflito de grandes proporções.
Fonte: pensandodireita.com