Na última quinta-feira (6), o ex-presidente Jair Bolsonaro compareceu à Polícia Federal para prestar depoimento em um inquérito que apura supostas irregularidades relacionadas ao seu filho, Eduardo Bolsonaro, nos Estados Unidos. O caso tem gerado grande repercussão e controvérsias.
Durante o depoimento, Bolsonaro manifestou insatisfação com as autoridades responsáveis pela investigação, criticando duramente o Supremo Tribunal Federal (STF), a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Polícia Federal. Ele questionou a imparcialidade e a legitimidade das apurações, classificando o processo como injusto e denunciando abusos por parte dos órgãos envolvidos.
Questionado sobre o envio de recursos financeiros para seu filho que vive nos Estados Unidos, Bolsonaro confirmou que transferiu aproximadamente R$ 2 milhões via Pix para Eduardo Bolsonaro. Ele afirmou que o dinheiro é lícito e serve para garantir o sustento do filho e de seus netos no exterior, negando qualquer ato ilegal. Bolsonaro destacou que os valores enviados são de origem própria e utilizados para o bem-estar da família.
O ex-presidente também afirmou que o inquérito faz parte de uma perseguição política contra ele e seu filho, afirmando que o país estaria sob um regime autoritário, com o sistema judicial agindo de forma parcial. Ele questionou diretamente a atuação de ministros do STF, especialmente Alexandre de Moraes, e levantou dúvidas sobre a competência dos membros do Judiciário e do Ministério Público.
Além disso, Bolsonaro defendeu que ajudar financeiramente os familiares não configura crime, fazendo comparações com outras situações em que pessoas influentes não são investigadas por atos semelhantes. Ele criticou a suposta seletividade da Justiça brasileira.
O depoimento ocorreu em meio a um ambiente político tenso, com manifestações a favor e contra Bolsonaro. A investigação busca apurar se Eduardo Bolsonaro tentou influenciar autoridades estrangeiras de maneira irregular, além de outras possíveis ilegalidades.
A repercussão do depoimento reforçou a polarização política e social no país, suscitando debates sobre o papel das instituições no combate a abusos e sobre os limites das investigações envolvendo políticos e familiares.
Paralelamente, Bolsonaro criticou o sistema de justiça criminal brasileiro, apontando a alta impunidade em casos de crimes graves, como abuso sexual de crianças. Ele destacou que a maior parte das vítimas são meninas e que a maioria dos agressores não é punida.
O ex-presidente lamentou a desproporcionalidade entre a atenção dada à sua situação e a negligência em relação à proteção de grupos vulneráveis, como crianças e idosos, afirmando que o sistema falha em garantir justiça para esses cidadãos.
Esse episódio expõe as dificuldades e tensões na relação entre os poderes e instituições brasileiras, especialmente em investigações envolvendo figuras políticas de destaque. A expectativa é que o caso continue se desenrolando, com novos desdobramentos nos próximos meses.
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Fonte: pensandodireita.com