Um jovem aluno de jiu-jítsu dos Estados Unidos recebeu uma indenização de US$ 56 milhões (aproximadamente R$ 313 milhões) após sofrer um grave acidente durante uma aula que o deixou tetraplégico. O incidente aconteceu em 2018 e teve como vítima Jack Greener, então com 23 anos, que estava iniciando na prática da arte marcial.
Durante o treinamento na academia Del Mar Jiu Jitsu, localizada em San Diego, Califórnia, Jack foi derrubado pelo seu instrutor faixa-preta, Francisco Iturralde. No momento da queda, o pescoço do aluno sofreu uma torção severa que resultou no esmagamento das vértebras cervicais, causando a paralisia dos membros.
Após o acidente, Greener passou meses hospitalizado e iniciou um longo processo de reabilitação, enfrentando as consequências severas da lesão que comprometeu sua mobilidade e qualidade de vida. Em razão do ocorrido, ele entrou com uma ação judicial contra o instrutor e a academia, responsabilizando-os pelo acidente.
No processo, foi argumentado que o golpe aplicado pelo instrutor foi inadequado para um aluno iniciante, evidenciando negligência na condução da aula e na supervisão do treinamento. A decisão judicial reconheceu a responsabilidade do professor e da academia, determinando uma compensação financeira significativa para Greener.
O valor fixado, de US$ 56 milhões, considera não apenas os danos físicos e emocionais causados, mas também as despesas futuras com cuidados médicos, adaptações para a vida diária e suporte contínuo que o jovem necessitará. O caso destaca a importância da responsabilidade e segurança nas práticas esportivas, especialmente em modalidades de contato como o jiu-jítsu.
Esse episódio reacendeu discussões sobre as medidas de proteção adotadas em academias de artes marciais, ressaltando a necessidade de que instrutores estejam atentos ao nível de experiência dos alunos e apliquem técnicas de forma segura e adequada. A prevenção de acidentes graves passa pela conscientização e treinamento cuidadoso dos profissionais envolvidos.
Além disso, a sentença judicial pode servir de precedente para outras ações relacionadas a acidentes esportivos, estimulando um ambiente mais seguro e regulado para praticantes de todos os níveis. A responsabilidade legal de academias e treinadores em casos de lesões graves está cada vez mais em evidência.
Jack Greener tornou-se um exemplo da luta por segurança e justiça dentro do mundo das artes marciais, chamando atenção para a importância da proteção dos praticantes e do cumprimento de protocolos que evitem tragédias. Sua história reforça a urgência de melhorias nas práticas e nas normas que regem o ensino de esportes de contato.
Fonte: pensandodireita.com