Cacique do PSD teria recebido propina da J&F
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e arquivou o inquérito que investigava o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab.
A investigação partiu de um termo de colaboração firmado entre o Ministério Público Federal (MPF) e os empresários Wesley Batista e Ricardo Saud, do Grupo J&F.
Kassab é suspeito de receber vantagens indevidas e de prestar informações falsas a fim de obter proveitos eleitorais, práticas previstas como criminosas no artigo 317 do Código Penal e no artigo 350 do Código Eleitoral.
– Assim, tendo o Ministério Público requerido o arquivamento no prazo legal, não cabe ação privada subsidiária, ou a título originário – afirmou Alexandre de Moraes na decisão.
A investigação levantava um possível recebimento no valor de R$ 350 mil, supostamente transacionados por meio de notas fiscais fraudulentas emitidas pela empresa Yape Consultoria e Debates Ltda. Além disso, o inquérito também se debruçava sobre a declaração de Ricardo Saud, que revelou um pagamento de R$ 28 milhões feito pela JBS. Esse valor teria sido destinado a garantir o apoio político do partido de Kassab (PSD) ao PT durante as eleições de 2014.
Kassab já foi ministro de Ciência e Tecnologia, Inovações e Comunicações. Atualmente, ele ocupa o cargo mais importante no governo do estado de São Paulo depois do governador Tarcísio de Freitas, o de secretário de governo.