Ex-presidente comparou as medidas de seu governo com o atual
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou nesta sexta-feira (23) o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) que havia sido anunciado pelo governo Lula na quinta-feira (22), mas que foi parcialmente cancelado após repercussão negativa.
– O aumento do IOF. Decreto nº 10.997 de março de 2022, do então presidente Jair Bolsonaro, zerava a alíquota do IOF câmbio até 2028.Essa iniciativa fez parte de um conjunto de medidas para reduzir impostos, estimular investimentos, baratear o crédito e gerar empregos – escreveu o líder conservador na rede social X.
Bolsonaro disse que o atual governo “em sua ânsia por elevar a arrecadação, reverteu essa política e anunciou um aumento generalizado no IOF câmbio”. Segundo ele, “essa decisão tende a desestimular investimentos e encarecer o crédito, prejudicando a economia brasileira”.
O ex-presidente informou que está em diálogo com lideranças do Partido Liberal para tentar barrar o aumento.
– O país não suporta mais a elevação constante da carga tributária – declarou.
Ele também lembrou medidas do seu governo quando, em 2022, os impostos federais dos combustíveis foram zerados e o IPI de 4 mil produtos foram reduzimos em 35%.
O governo federal havia anunciado o aumento do IOF sobre operações de câmbio, previdência privada (VGBL) e crédito de empresas. A previsão era arrecadar R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026.
Porém, diante da repercussão negativa, o Ministério da Fazenda voltou atrás em parte da medida. Ficaram de fora os aumentos para fundos de investimentos no exterior e para remessas feitas por pessoas físicas, que continuam com alíquota de 1,1% por operação.