O deputado Sanderson, em seu pronunciamento na Câmara dos Deputados, fez duras críticas ao tratamento desigual que, segundo ele, o sistema judiciário brasileiro aplica entre políticos de esquerda e conservadores. De acordo com o parlamentar, enquanto figuras da esquerda, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, são favorecidas por decisões judiciais, os conservadores estão sendo injustamente perseguidos, apesar de não haver qualquer prova que comprove suas supostas infrações.
O deputado começou seu discurso apontando um episódio que ele considera ser o verdadeiro “golpe de Estado” no Brasil: a anulação das condenações de Lula, o que permitiu que o ex-presidente se candidatasse novamente às eleições presidenciais de 2022. Para Sanderson, a decisão judicial de 2021 foi uma grande afronta ao sistema jurídico do país, destacando que, apesar das provas substanciais contra Lula por corrupção e lavagem de dinheiro, ele foi libertado e voltou ao poder, algo que o deputado considera inaceitável.
Em contraposição, o parlamentar afirmou que muitos conservadores estão sendo perseguidos por suas opiniões políticas sem que haja qualquer evidência concreta de crime. Para ele, o sistema judiciário age de maneira tendenciosa, protegendo figuras de esquerda, enquanto ataca aqueles que possuem visões contrárias. Ele questionou as motivações dessa perseguição e alegou que, enquanto as acusações contra a esquerda são frequentemente ignoradas, a oposição é tratada de forma punitiva e sem justificativa legal.
Durante o discurso, Sanderson fez questão de lembrar que, embora as condenações de Lula tenham sido anuladas, as provas de sua participação em esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro continuam existentes. Ele apresentou uma lista de evidências que, segundo ele, comprovam as acusações contra o ex-presidente. Para Sanderson, Lula teve toda a oportunidade de se defender, ao contrário dos “presos políticos” que, na visão dele, não cometeram nenhum crime.
O deputado também criticou a postura de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como Gilmar Mendes, que se orgulharam de ter contribuído para o fim da Operação Lava-Jato. Sanderson considerou essas declarações um desrespeito à população, que se sentiu indignada ao ouvir tais afirmações. Segundo ele, a tentativa de destruir a Lava-Jato e a defesa de figuras corruptas por parte do STF representa uma falha grave do Judiciário, que deveria estar cumprindo seu papel de garantir justiça.
Em sua análise, Sanderson afirmou que o Judiciário, ao falhar em sua função de garantir a justiça, deixou espaço para que figuras políticas corruptas voltassem ao poder. Ele defendeu que cabe ao Parlamento corrigir essa falha, garantindo justiça para aqueles que foram perseguidos sem razão. O deputado concluiu afirmando que o Congresso tem o dever de conceder anistia aos inocentes que sofreram perseguição política, considerando isso uma obrigação moral e legal, já que o Supremo, segundo ele, não está fazendo sua parte.
Fonte: pensandodireita.