Começou nesta sexta-feira (11), no Fórum do Barro Duro, o júri popular de Albino Santos de Lima, de 42 anos, conhecido como serial killer de Maceió. Ele está sendo julgado pelo homicídio duplamente qualificado contra Emerson Wagner da Silva e a tentativa de homicídio contra outro jovem.
Albino foi ouvido e disse estava portando uma arma de fogo no momento do crime. “Eles iam me matar, estavam com uma faca. Atirei para me defender”, disse.
O júri popular é conduzido pelo juiz José Eduardo Nobre Carlos. Três pessoas devem ser ouvidas e a expectativa é que o julgamento termine na tarde desta sexta-feira.
A vítima que sobreviveu ao atentado foi uma das pessoas ouvidas. Uma ex-companheira de Albino também foi ouvida. Ela deu detalhes da relação do casal, dizendo que o réu era agressivo e que viveu um relacionamento abusivo.
A promotoria pede a condenação máxima do réu. “O conselho de sentença vai pedir a condenação máxima do réu pelos dois crimes, que aconteceu no mesmo dia, dia 21 de junho de 2024. O homicídio consumado de Emerson com duas qualificadoras, e um homicídio tentado. São dois crimes que serão julgados hoje”, disse o promotor Thiago Riff.
Albino confessou 18 assassinatos. Ele costumava fazer fotos nos túmulos de suas vítimas, enterradas em cemitérios públicos de Maceió.
O g1 teve acesso a duas dessas fotos. Em uma, o assassino faz uma selfie na frente da capela do Cemitério de São José, o maior cemitério público da capital. Outra foto armazenada no celular dele é a de um túmulo, no mesmo cemitério.
A defesa de Albino entrou com pedido de insanidade mental, mas, após laudo elaborado por psiquiatras, foi concluído que ele é imputável, ou seja, tem plena capacidade mental para responder pelos seus atos.