A Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) realiza, a partir das 16h desta quarta-feira (5), a apuração das notas das escolas do Grupo Especial. O evento será realizado na Cidade do Samba.
Os jurados da Liga avaliam as 12 agremiações em nove quesitos, na seguinte ordem:
- enredo
- mestre-sala e porta-bandeira
- bateria
- harmonia
- alegorias e adereços
- evolução
- fantasia
- samba-enredo
- comissão de frente
As escolas que foram destaques nos três dias de desfiles foram Imperatriz Leopoldinense, Unidos do Viradouro, Beija-Flor, Salgueiro, Grande Rio e Portela.
Como é feita a apuração
Cada quesito tem quatro jurados. Cada um deles pode dar entre nove e 10 pontos, podendo fracioná-los em décimos (9,1; 9,2; 9,3…), e devem justificar sempre que não derem a nota máxima — idealmente, o jurado precisa apontar especificamente onde e quando viu a falha.
A novidade deste ano é que os jurados passaram a atribuir as notas ao final de cada dia de desfile, em vez de avaliá-las somente ao término dos três dias. Com isso, eles não podem mais comparar o desempenho de todas as escolas antes de definir suas notas finais.
A nota final de cada escola em cada quesito é dada pela soma das três maiores notas dadas pelos jurados. A nota mais baixa entre as 4 de cada quesito é descartada.
Em caso de desempate, a ordem de desempate é a seguinte:
- Comissão de frente;
- Samba-enredo;
- Fantasia;
- Evolução;
- Alegorias e Adereços;
- Harmonia;
- Bateria;
- Mestre-sala e Porta-bandeira;
- Enredo.
Acompanhe a apuração ao vivo e confira as notas de cada jurado por quesito
Só tiraram nota 10
Veja as escolas que conseguiram todas as notas 10 de todos os jurados em cada quesito.
- Enredo
- Mestre-sala e porta-bandeira
- Bateria
- Harmonia
- Alegorias e adereços
- Evolução
- Fantasia
- Samba-enredo
- Comissão de frente
Relembre como foram os desfiles do Grupo Especial
A Unidos de Padre Miguel homenageia os 200 anos do primeiro terreiro de Candomblé do Brasil na história de Iyá Nassô, uma princesa negra escravizada. O enredo destaca a importância do Candomblé e a conexão com a comunidade da Vila Vintém. (leia o samba e veja fotos do desfile)
Em seu enredo, a Imperatriz decidiu ressaltar a sabedoria africana em a partir da saga de Oxalá para visitar o reino de Xangô. (leia mais)
A atual campeã do carnaval carioca trouxe para a Sapucaí a história de Malunguinho, grande herói do século 19, líder do Quilombo do Catucá, no Norte de Pernambuco. (leia mais)
A Mangueira levou a Sapucaí a contribuição dos povos bantos, de Angola, para a identidade do Rio de Janeiro, com o enredo “À Flor da Terra – No Rio da Negritude entre Dores e Paixões”. (leia mais)
A escola celebrou a história de um orixá, o Logun Edé, filho de Oxum, como um símbolo de esperança e renovação. (leia mais)
A Beija-Flor homenageou Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, conhecido como Laíla, que morreu em 2021, devido a Covid.
O Salgueiro exaltou diversos elementos de fé com raízes indígenas, crenças africanas e elementos da cultura popular carioca. (leia mais)
A Vila Isabel trouxe o enredo “Quanto mais eu rezo, mais assombração me aparece”, falando sobre assombrações e entrou com um trem fantasma na Marquês de Sapucaí.
Com o enredo “Voltando para o futuro – Não há limites para sonhar”, a escola trouxe tecnologia, inteligência artificial e robôs para a Sapucaí. (veja mais)
A escola homenageou a Xica Manicongo, a primeira travesti do Brasil. (leia mais)
Com o enredo “Pororocas Parawaras – As águas dos meus encantos nas contas dos curimbós”, a escola mostrou o processo de formação da religião afro-brasileira Tambor de Mina (leia mais).
A maior campeã do carnaval carioca escolheu homenagear o cantor e compositor Milton Nascimento com uma reflexão sobre como sua arte alcança diversas pessoas. (leia mais)