O ministro do STF Alexandre de Moraes advertiu o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que o segundo depoimento do militar, em novembro de 2024, seria a última chance dele de falar a verdade.
O que aconteceu
Moraes derrubou sigilo sobre os vídeos da delação de Mauro Cid hoje (20). O material foi publicado após a PGR (Procuradoria-Geral da República) denunciar Bolsonaro e outras 33 pessoas por tentativa de golpe de Estado.
Ministro do STF chamou a atenção de Cid. “A colaboração não pode ser utilizada para proteger alguns e prejudicar outros. Aqui, o colaborador dá os fatos, quem analisa quem será processado ou não é o Ministério Público, é o procurador-geral da República, e quem analisa após a eventual denúncia da Procuradoria-Geral da República se haverá culpabilidade ou não é o Supremo Tribunal Federal, não é o colaborador”, diz Moraes.
Por isso que marquei essa audiência. Eu diria que essa é a última chance do colaborador de dizer a verdade sobre tudo. […] Para não dizer que eu não avisei. Eu tenho aqui um relatório detalhado não só da investigação, como do novo relatório que a Polícia Federal está apresentando agora, encerrando a investigação sobre a tentativa de golpe com 700 páginas. Eventuais novas contradições não serão admitidas.Alexandre de Moraes a Mauro Cid antes de depoimento em novembro de 2024
Cid já havia deposto antes, em março de 2024. A nova audiência foi convocada após operação da Polícia Federal expor que Cid não contou alguns fatos, como o plano para assassinar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e Alexandre de Moraes.
Fonte: noticias.uol