Ex-presidente incentiva participação popular e critica versão oficial sobre invasões em Brasília
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou neste sábado (15) que pretende participar do ato marcado para 16 de março, que pede o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a anistia dos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
A afirmação foi feita durante entrevista ao canal Brazil Talking News, onde Bolsonaro incentivou seus apoiadores a comparecerem às manifestações.
— Dá para colaborar nesse movimento de rua que está programado para 16 de março aqui no Brasil. Colabore, vá. Procure saber quem está organizando, quais são as pautas, se não tem ninguém ali esquisito que vá fazer uso da palavra. Eu devo estar no Rio de Janeiro. Vai ser o quê? Anistia. E as questões nacionais. Outros vão ser impeachment, outros vão ser outro assunto qualquer. Colabore, participe — declarou o ex-presidente.
Manifestação terá pautas contra o governo Lula
O evento, que está sendo organizado por diferentes setores da direita brasileira, terá como principais bandeiras:
Impeachment de Lula, com a justificativa de que seu governo não representa os interesses da maioria da população;
Anistia aos presos do 8 de janeiro, que são considerados por Bolsonaro e seus aliados como vítimas de perseguição política;
Outras demandas nacionais, incluindo críticas à política econômica e à atuação do Supremo Tribunal Federal (STF).
Bolsonaro contesta narrativa sobre o 8 de janeiro
Durante a entrevista, o ex-presidente voltou a comentar os episódios do 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília. Bolsonaro reafirmou sua posição de que os atos de vandalismo não foram protagonizados por seus apoiadores.
— O que aconteceu no 8 de janeiro não foi do nosso lado. Aquilo foi quebrado antes do pessoal chegar ali perto — afirmou.
A declaração reforça a linha de defesa adotada por Bolsonaro e seus aliados, que negam qualquer envolvimento direto nos ataques e acusam setores da esquerda de terem se infiltrado na manifestação para provocar o caos.
A mobilização da direita e o impacto político
A presença de Bolsonaro no ato pode fortalecer o movimento oposicionista contra o governo Lula, principalmente em um cenário em que a popularidade do atual presidente vem enfrentando desafios.
Com o ex-presidente novamente no centro das mobilizações de rua, a manifestação de 16 de março promete ser um termômetro para medir a força da direita e a disposição da base bolsonarista em pressionar o governo e o Congresso.
A expectativa agora é sobre a adesão popular ao ato e possíveis desdobramentos políticos diante da crescente polarização no país.
Fonte: folhadapolitica.