Na última segunda-feira (30/12), o prefeito de Belford Roxo, Waguinho Carneiro (Republicanos), foi surpreendido por manifestantes durante a inauguração da Maternidade Municipal Pastor Messias Salvo Vaz, em mais um evento de sua agenda de despedida do cargo. Servidores públicos, insatisfeitos com o atraso no pagamento de seus salários e benefícios, atacaram o carro oficial do político com ovos, enquanto ele deixava o local.
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Acompanhado de sua esposa, a deputada federal Daniela do Waguinho (União-RJ), e da presença da ex-ministra do Turismo do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o prefeito foi alvo da revolta dos servidores, que exigem o pagamento de salários, benefícios pendentes e do 13º salário, principalmente nas áreas da saúde e educação. O ato de protesto aconteceu no momento em que Waguinho se despedia de sua última agenda como chefe do Executivo municipal.
Os manifestantes, que já haviam mostrado insatisfação anteriormente com a gestão de Waguinho, intensificaram os protestos na segunda-feira, culminando na invasão do prédio da Prefeitura de Belford Roxo. O protesto foi motivado pela falta de pagamentos, o que gerou forte repercussão entre os servidores, especialmente aqueles que atuam em setores essenciais para a população. Muitos deles não receberam seus salários no prazo devido, criando uma tensão crescente entre os funcionários públicos e a administração municipal.
A inauguração da maternidade, que deveria ser um momento de celebração para a cidade, acabou sendo marcada por esse episódio de conflito. Os manifestantes, com seus gritos de protesto e atos de vandalismo, demonstraram o descontentamento com a gestão do prefeito, que deixa o cargo nesta quarta-feira (1º/1), quando Márcio Canella (União) assumirá a prefeitura. A transição ocorre em meio a uma série de críticas à administração de Waguinho, que enfrentou dificuldades em cumprir com compromissos financeiros com os servidores ao longo de seu mandato.
Além das tensões locais, Waguinho Carneiro também se viu envolvido em um episódio polêmico nas eleições municipais deste ano. O político tentou eleger seu sobrinho, Matheus do Waguinho, para o cargo de prefeito, mas não obteve sucesso nas urnas. A tentativa de impulsionar a candidatura do familiar gerou suspeitas de abuso de poder político, levando o Ministério Público Eleitoral do Rio de Janeiro (MPRJ) a pedir a inelegibilidade do prefeito por suspeita de uso indevido da máquina pública para beneficiar a campanha de seu sobrinho.
A situação em Belford Roxo reflete uma gestão marcada por polêmicas e dificuldades financeiras, com a falta de pagamento aos servidores sendo o ponto central das críticas. Enquanto a cidade se prepara para a posse de um novo prefeito, o governo de Waguinho deixa um legado de tensões com os servidores municipais, que prometem continuar suas reivindicações até que a situação seja resolvida.
Com a transição de poder, os olhos estarão voltados para as primeiras ações da nova gestão de Márcio Canella, que terá o desafio de enfrentar a insatisfação de servidores e restabelecer a confiança da população de Belford Roxo.
Fonte: pensandodireita
