O deputado Luiz Lima se mostrou enfurecido na tribuna da Câmara ao comentar a prisão do general Walter Braga Netto, figura de destaque no governo Bolsonaro e candidato à vice-presidência na chapa do ex-presidente. Lima criticou veementemente a justificativa apresentada para a detenção do general, referindo-se a ela como “conversa de boteco”. De acordo com o parlamentar, o general tem sido acusado de ser o grande articulador de um golpe que nunca ocorreu, uma trama que, para ele, mais se assemelha a um “filme tragicômico”. Lima questionou as bases das acusações, afirmando que a narrativa sobre o possível golpe não passa de uma história criada sem fundamento real, que está sendo espalhada por parte da imprensa e do sistema judiciário, sem qualquer evidência concreta que justifique a prisão.
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Durante seu discurso, Lima fez duras críticas ao modo como as informações sobre o caso têm sido tratadas, particularmente pela imprensa e pelas autoridades judiciais. Ele afirmou que a justificativa da prisão se baseia em condições hipotéticas, como “aconteceria” ou “poderia acontecer”, e ressaltou que, em um Estado de Direito, uma pessoa não pode ser incriminada por possibilidades, mas apenas por fatos concretos. Para o deputado, a utilização dessas expressões no contexto judicial é inadmissível, comparando-as a “romances” ou “filmes de ficção”. Lima destacou que tal abordagem é um reflexo da gravidade da situação no Brasil, onde, segundo ele, decisões judiciais estão sendo tomadas com base em suposições e conjecturas, sem qualquer base legal sólida.
Ao final de seu pronunciamento, o deputado reforçou sua crítica à atuação do Judiciário, apontando a incoerência e os conflitos nas decisões judiciais no país. Ele citou uma famosa frase do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dita em 2015, que desqualificava o poder do Judiciário e afirmava que o que realmente valia eram as “relações entre as pessoas”. Lima utilizou essa citação para ilustrar o que considera ser uma crise de credibilidade no sistema judicial brasileiro, sugerindo que a justiça no país tem se tornado cada vez mais uma questão de conveniência política, em vez de ser pautada pela imparcialidade e pelo respeito aos direitos constitucionais. A fala de Lima reflete a crescente tensão entre o Legislativo e o Judiciário no Brasil, com muitos questionando o papel das instituições e a forma como elas têm conduzido as investigações e processos envolvendo figuras políticas da oposição.
Fonte: pensandodireita